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Trump anuncia novas sanções contra a Coreia do Norte

Medida quer acabar com as rotas ilegais utilizadas pela Coreia do Norte para comércio de petróleo e carvão

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 16h54 - Publicado em 23 fev 2018, 15h00

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira um novo pacote de sanções contra a Coreia do Norte, que terão como alvo 56 companhias de transporte marítimo e navios que ajudam Pyongyang. Segundo o republicano, essas são “as mais importantes” sanções já impostas contra o regime de Kim Jong-un.

O anúncio acontece poucas horas depois que sua filha e assessora Ivanka Trump chegou em Seul para a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, da qual também participarão autoridades norte-coreanas.

O objetivo das medidas é “continuar cortando as fontes de ingresso e petróleo que o regime utiliza para financiar seu programa nuclear e armamentista”, segundo um documento divulgado pela Casa Branca. “Espero que alguma coisa positiva saia, veremos”, declarou o presidente após um longo discurso proferido durante a conferência CPCA, que reúne anualmente os conservadores americanos.

Segundo o Tesouro americano, as sanções visam 27 entidades e 28 navios localizados ou registrados na Coreia do Norte, China, Cingapura, Taiwan, Hong Kong, Ilhas Marshall, Tanzânia, Panamá ou Comores. Além disso, um indivíduo também foi penalizado – o empresário taiwanês Tsang Yung Yuan que, segundo o governo americano, vem coordenando exportações ilícitas de carvão da Coreia do Norte com um corretor norte-coreano baseado na Rússia.

Como consequência da designação do Tesouro, ficam congelados os ativos que essas entidades e empresas possam ter sob jurisdição americana. As companhias também estão proibidas de fazer transações financeiras com cidadãos americanos.

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A administração de Trump marcou uma grande vitória diplomática em setembro, depois de conseguir persuadir o Conselho de Segurança da ONU a impor fortíssimas sanções contra o regime de Pyongyang em resposta ao seu sexto teste nuclear e a uma série de testes de mísseis de longo alcance.

As medidas determinavam um limite para a venda de petróleo por empresas estrangeiras e americanas para a Coreia do Norte. No entanto, desde então, fontes de inteligência ocidentais relataram que uma série de navios ainda estavam transportando combustível para o país utilizando rotas internacionais alternativas. As novas sanções querem acabar totalmente com essas transações.

Há alguns meses, Trump acusou a China de fornecer petróleo à Coreia do Norte, apesar das sanções, uma afirmação categoricamente negada por Pequim.

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Mensagem ‘às empresas em todo o mundo’

“O Tesouro está atacando fortemente as rotas ilegais utilizadas pela Coreia do Norte para evitar as sanções”, declarou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, citando, em particular, entregas de carvão e petróleo.

Segundo ele, as sanções destinam-se a lembrar “as empresas de todo o mundo que, se decidirem ajudar a financiar as ambições nucleares da Coreia do Norte, não poderão fazer negócios com os Estados Unidos”.

Após chegar na parte da noite em Seul, Ivanka Trump, muito próxima de seu pai, participou de um jantar na Casa Azul com o presidente sul-coreano Moon Jae-in. Ela insistiu na “amizade” entre Washington e Seul, mas também reafirmou a determinação dos Estados Unidos de colocar “pressão máxima” sobre Pyongyang para garantir que a península coreana seja desnuclearizada.

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Pyongyang enviará no domingo uma delegação oficial de oito membros liderada pelo general Kim Yong- chol para a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos. A Casa Branca disse que nenhuma reunião entre os enviados americanos e norte-coreanos foi planejada.

Para a cerimônia de abertura, o líder norte-coreano enviou sua irmã Kim Yo-jong, que ficou a poucas fileiras do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence. Ela não falou com ele, mas aproveitou sua viagem histórica ao Sul – a primeira de um membro da dinastia que governa o Norte há décadas – para convidar o presidente sul-coreano Moon Jae-in para uma cúpula em Pyongyang.

(Com AFP)

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