O ex-presidente americano Donald Trump, candidato republicano à Casa Branca, insultou a vice-presidente Kamala Harris e outros democratas nesta quinta-feira, 17, durante o tradicional jantar de caridade da Fundação Al Smith, em Nova York.
“A minha oponente sente que não tem de estar aqui, o que é um desrespeito com o evento e, principalmente, com a nossa grande comunidade católica. Muito desrespeitoso”, disse Trump, acrescentando que o último democrata a não comparecer ao evento antes de Harris foi Walter Mondale, que perdeu a eleição presidencial para Ronald Reagan, em 1984.
Cercado pela elite nova-iorquina, Trump pediu aos católicos que votem nele, destacando sua presença no evento. “É melhor lembrar que estou aqui, e ela não. Eu poderia ter feito isso também”, afirmou.
Harris, que optou participar de um evento de campanha no estado de Wisconsin ao invés de comparecer ao jantar em Nova York, gravou um vídeo que foi reproduzido no evento.
Em seu discurso pré-gravado, a candidata democrata zombou de Trump por mentir — um pecado — sobre os resultados da eleição de 2020, além de participar de uma esquete com a comediante Molly Shannon, que interpretou a estudante católica Mary Katherine Gallagher no Saturday Night Live.
Trump também atacou o presidente Joe Biden, alegando que o líder democrata “mal consegue falar, mal consegue montar duas frases coerentes e parece ter as faculdades mentais de uma criança”.
O ex-presidente ainda ironizou o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmando que, caso Harris perca, Schumer poderia se tornar “a primeira mulher presidente”, devido ao posicionamento progressista de seu partido. Ele também desejou “boa sorte” ao prefeito de Nova York, Eric Adams, que foi acusado de corrupção e suborno no mês passado. “Você vai ganhar, eu acho que você vai ganhar, eu sei que você vai ganhar, então, boa sorte”, disse Trump a Adams.
O evento é o mesmo em que ele atacou Hillary Clinton, com quem concorria à presidência, em 2016, chamando-a de corrupta e alegando que ela estava “fingindo que não odeia os católicos” ao participar do jantar. Na quinta-feira, Trump admitiu que foi longe demais na ocasião oito anos atrás.