Trump cancela proteção do Serviço Secreto para Kamala Harris

A Casa Branca comunicou nesta sexta-feira, 29, que Donald Trump cancelou a proteção do Serviço Secreto para a ex-vice-presidente americana Kamala Harris, que foi sua rival democrata na corrida eleitoral do ano passado.

Normalmente, ex-vice-presidentes recebem seis meses de proteção do Serviço Secreto após o fim de seus mandatos. O benefício de Harris havia sido estendido para um ano, até janeiro de 2026, pelo então presidente Joe Biden, antes dele deixar a Casa Branca em janeiro. Com a decisão de Trump, sua proteção será encerrada a partir de 1º de setembro.

Kirsten Allen, assessora sênior de Harris, respondeu à medida de forma blasé. “A vice-presidente é grata ao Serviço Secreto dos Estados Unidos por seu profissionalismo, dedicação e compromisso inabalável com a segurança”, afirmou ela.

Isso significa que a ex-vice não contará com o apoio do Serviço Secreto quando embarcar no mês que vem numa turnê em que vai passar por quinze cidades para divulgar sua nova autobiografia, “107 Days“. O título faz referência aos 107 dias durante os quais foi a candidata do Partido Democrata na corrida presidencial de 2024, depois de Biden desistir de concorrer na esteira de um debate desastroso contra Trump. Ela, por óbvio, não foi bem-sucedida na disputa, sendo derrotada pelo republicano em novembro.

Depois de perder a eleição do ano passado, Kamala não descartou uma possível candidatura presidencial em 2028. Ela anunciou em 30 de julho, porém, que não se candidataria ao governo da Califórnia em 2026, como havia sido especulado.

Antes da ex-vice-presidente, o líder da Casa Branca já havia encerrado a proteção do Serviço Secreto para outras figuras, visando especialmente seus críticos. Entre os que perderam o benefício estão o ex-conselheiro de segurança nacional John Bolton, que publicou um ácido livro de memórias sobre o seu breve tempo no governo Trump, e os filhos de Biden, Hunter Biden e Ashley Biden.

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