O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, qualificou neste domingo, 16, o seu ex-advogado pessoal, Michael Cohen, condenado a três anos de prisão por crimes como violação de leis de financiamento de campanha eleitoral, de “rato“.
O termo é tradicionalmente usado em organizações de atividades ilícitas para se referir a um “delator” ou “informante”, alguém que faz confissões às autoridades sobre a própria organização.
“Lembrem, Michael Cohen só se tornou um ‘rato’ depois que o FBI fez algo que era absolutamente impensável e inédito até a ‘caça às bruxas’ começar ilegalmente”, afirmou Trump no Twitter.
Na mensagem, Trump também criticou a operação do FBI nos escritórios de Cohen, em abril, e questionou por que o mesmo não foi feito com sua rival nas urnas, a democrata Hillary Clinton, a quem ele frequentemente se refere como “corrupta”.
“ENTRARAM NO ESCRITÓRIO DE UM ADVOGADO! Por que não entraram no DNC (Comitê Nacional Democrata) para conseguir o servidor ou no escritório da corrupta?”.
Cohen, uma importante figura para Trump e sobre quem ele chegou a dizer que receberia um tiro, foi condenado na quarta-feira 12 por diferentes crimes, entre eles a violação de leis de financiamento de campanha, em que ele envolveu diretamente o presidente.
A condenação de Cohen, emitida pela Justiça de Nova York, abrange, entre outras questões, a compra do silêncio de duas mulheres que supostamente mantiveram relações com Trump e assuntos vinculados ao caso russo.
Desde maio de 2017, o promotor especial Robert Mueller investiga, de maneira independente, os possíveis laços entre membros da campanha de Trump e a Rússia, que agências de Inteligência acusam de interferir no pleito de 2016, além de um suposto crime de obstrução de Justiça de Trump.