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Trump comemora suspensão do programa de Jimmy Kimmel: ‘Ótima notícia para América’

Talk-show deixará de ser transmitido por "tempo indeterminado" após comentários do apresentador sobre morte de Charlie Kirk

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 set 2025, 10h45

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou nesta quarta-feira, 17, a suspensão por tempo indeterminado do programa Jimmy Kimmel Live! após comentários do apresentador sobre a morte do ativista conservador Charlie Kirk, assassinado por um atirador, identificado como Tyler Robinson, enquanto participava de um evento numa universidade em Utah. O afastamento do comediante ocorre poucos meses após a demissão de Stephen Colbert, crítico de Trump, que comandava um talk-show na emissora CBS.

“Ótimas notícias para a América: o programa Jimmy Kimmel Show, que teve sua audiência desafiada, foi CANCELADO”, escreveu o republicano na Truth Social, rede social da qual é dono. “Parabéns à ABC por finalmente ter a coragem de fazer o que precisava ser feito. Kimmel tem ZERO talento e índices de audiência piores que os de Colbert, se é que isso é possível.”

“Isso deixa Jimmy e Seth, dois completos perdedores, no Fake News NBC”, acrescentou ele, pedindo o cancelamento de outros programas noturnos da NBC, apresentados por Jimmy Fallon e Seth Meyers: “A audiência deles também é horrível. Faça isso, NBC!!!”

Na realidade, Jimmy Kimmel Live! teve a segunda maior audiência entre os programas transmitidos à noite, atrás do The Late Show With Stephen Colbert. Mas o talk-show comandado por Kimmel tem índices mais altos no grupo demográfico de 18 a 49 anos. Assim como a dupla afastada, Fallon e Meyers são conhecidos por duras críticas ao governo Trump.

+ Obama diz que EUA vivem ‘ponto de inflexão’ após morte de Kirk e acusa Trump de dividir país

O que Kimmel disse?

Em um monólogo nesta segunda-feira, 15, Kimmel disse: “Atingimos novos pontos baixos no fim de semana com a gangue Maga tentando caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como algo diferente de um deles e fazendo tudo o que pode para ganhar pontos políticos com isso”. No dia seguinte, abordou o assunto novamente: “Muitos na Maga-land estão trabalhando duro para capitalizar o assassinato de Charlie Kirk”. Ele também acusou o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, de culpar a esquerda, sem provas, pelo assassinato do ativista.

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Ele transmitiu uma declaração de Vance, que afirmou: : “Embora nosso lado do corredor certamente tenha seus malucos, é um fato estatístico que a maioria dos lunáticos na política americana hoje são membros orgulhosos da extrema esquerda”. Sem papas na língua, o comediante rebate: “E por ‘fato estatístico’, ele quer dizer ‘uma completa besteira'”, citando um estudo que mostra que a maior parte dos atentados nos EUA foram cometidos por agressores de direita.

“Aqui está uma pergunta que JD Vance talvez consiga responder: quem queria enforcar o cara que foi vice-presidente antes de você? Era a esquerda liberal? Ou o exército inofensivo que invadiu o Capitólio em 6 de janeiro?”, questionou Kimmel.

+ Atentados de direita mataram seis vezes mais que os de esquerda nos EUA, revela estudo

Suspensão e críticas por censura

A ABC, de propriedade da Disney, comunicou a suspensão “por tempo indeterminado” do programa após uma das maiores proprietárias de emissoras de TV dos Estados Unidos, a Nexstar Media, ter afirmado que “se opunha veementemente” às declarações de Kimmel e que cancelaria a exibição de quaisquer episódios do talk-show nos canais de televisão que possui em todo o país “no futuro próximo”.

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O Sinclair Broadcast Group, que possui mais estações ABC do que qualquer outro conglomerado de TV, também anunciou faria uma homenagem a Kirk durante o horário do programa Kimmel nesta sexta-feira, 19. Andrew Alford, presidente da divisão de transmissão da Nexstar, definiu os comentários de Kimmel como “ofensivos e insensíveis em um momento crítico do nosso discurso político nacional”.

“Continuar a dar ao Sr. Kimmel uma plataforma de transmissão nas comunidades que atendemos simplesmente não é do interesse público no momento, e tomamos a difícil decisão de interromper seu programa em um esforço para deixar que as cabeças mais frias prevaleçam enquanto caminhamos em direção à retomada do diálogo respeitoso e construtivo”, afirmou Alford.

A Fundação para os Direitos Individuais e a Expressão disse que a “ABC cedeu” frente à pressão da administração Trump. O grupo de defesa da liberdade de expressão com sede nos Estados Unidos também fez um alerta: “Não podemos ser um país onde apresentadores de talk-shows noturnos servem à vontade do presidente. Mas até que as instituições criem coragem e aprendam a resistir à pressão do governo, esse é o país que somos”.

“O governo pressionou a ABC — e a ABC cedeu. O momento da decisão da ABC, logo após a promessa do presidente da FCC à emissora de ‘fazer isso do jeito fácil ou do jeito difícil’, conta toda a história. Mais um meio de comunicação sucumbiu à pressão do governo, garantindo que o governo continuará a extorquir e cobrar represálias de emissoras e editoras que o criticam”, escreveu no X, antigo Twitter.

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