Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Trump compra nova briga comercial; agora contra Merkel

A chanceler alemã, Angela Merkel, declarou que o valor do euro é responsabilidade exclusiva do Banco Central Europeu (BCE), que tem autonomia

Por Da redação
Atualizado em 1 fev 2017, 18h38 - Publicado em 1 fev 2017, 07h43

O governo Donald Trump abriu uma nova frente de batalha, nesta terça-feira, ao acusar a Alemanha, da chanceler Angela Merkel, de aproveitar a depreciação do euro para ter vantagens comerciais. O presidente do novo Conselho Nacional de Comércio da Casa Branca, Peter Navarro, disse ao jornal Financial Times (FT) que a Alemanha “continua explorando outros países da UE e dos Estados Unidos com um ‘implícito marco alemão’ (a antiga moeda alemã) que está muito subvalorizado”.

Pouco depois, o próprio Trump afirmou que os Estados Unidos deveriam usar a desvalorização da moeda como ferramenta comercial. “Nosso país maneja tão mal que não sabemos nada sobre desvalorização”, disse o mandatário a executivos do setor farmacêutico recebidos na Casa Branca. “Vejam o que a China faz e o que o Japão vem fazendo há anos e advertem que jogam moeda no mercado e a desvalorização, enquanto nós estamos sentados como bobos”, acrescentou.

Em sua campanha eleitoral, Trump ameaçou várias vezes tomar medidas contra a China, acusada de manipular sua moeda para poder produzir e exportar mais do que seus competidores. Durante anos, a China foi acusada de intervir nos mercados cambiais e comprar bilhões de dólares em títulos do Tesouro dos Estados Unidos para, assim, desvalorizar sua moeda. Segundo os economistas, isso mudou nos últimos anos, porém, porque as condições econômicas desvalorizaram o iuane, e o Banco Central da China precisou intervir várias vezes para evitar que a moeda se desvalorize ainda mais.

‘Sérios riscos’ ao comércio — As críticas à Alemanha não são novas. O país tem grandes superávits comerciais e de conta corrente e até o Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu a Berlim que gaste mais para estimular o fraco consumo e o crescimento da União Europeia.

A Alemanha é uma potência exportadora e tem vantagens por integrar a zona do euro, onde o valor da moeda única é mantido muito baixo, devido às dificuldades de vários de seus países-membros, como Grécia e Itália. Se a Alemanha estivesse fora da união monetária, o valor de sua moeda nacional (o marco alemão) seria mais alto e, em consequência, seria menos competitiva no comércio mundial.

Continua após a publicidade

No entanto, é raro que essas divergências apareçam nos jornais, ficando restritas aos encontros a portas fechadas. Em Estocolmo, a chanceler alemã, Angela Merkel, declarou que o valor do euro é responsabilidade exclusiva do Banco Central Europeu (BCE), que tem autonomia. “Não temos influência nas decisões do BCE. De modo que eu não posso, nem quero mudar nada”, completou Merkel.

(Com agência France-Presse)

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.