Trump confirma indicações para Justiça e embaixador na ONU
Presidente americano escolheu ex-secretário do governo de George H. W. Bush e ex-âncora da Fox News para assumir os cargos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta sexta-feira, 7, suas indicações para o Departamento de Justiça e para o cargo de embaixador na Organização das Nações Unidas (ONU). O republicano escolheu o veterano William P. Barr para a pasta desocupada em novembro por Jeff Sessions e a jornalista Heather Nauert para o posto diplomático nas Nações Unidas.
Barr foi ministro da Justiça entre 1991 e 1993, durante o governo de George H. W. Bush. O advogado de 68 anos é considerado pela imprensa americana um profissional muito respeitado entre no círculo republicano.
“Era a minha primeira opção desde o primeiro dia”, indicou Trump a jornalistas na Casa Branca antes de partir para a cidade de Kansas, no Missouri, onde deverá participar ainda nesta sexta-feira de uma conferência sobre segurança.
Ao jornal The Washington Post, Barr confirmou que aceitou a indicação do presidente. Sua indicação deve passar por um procedimento de confirmação no Senado.
Já para o cargo de embaixador dos Estados Unidos na ONU, Trump confirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, ex-repórter e âncora do canal conservador de notícias Fox News, favorito do presidente americano. Sua nomeação também precisa ser confirmada pelo Senado.
Trump admitiu que Nauert, de 48 anos, é considerada por muitos como uma novata na política externa americano. Mas, insistiu ele, é “muito talentosa, muito esperta, muito rápida”.
A indicação de Nauert era um segredo aberto em Washington há semanas, apesar de outros nomes bem mais experientes terem sido cotados para o cargo. Entre eles, os embaixadores americanos na França, Jamie McCourt; no Canadá, Kelly Craft, e na Alemanha, Richard Grenell.
Segundo o presidente, até que Haley deixe seu cargo na ONU, no final do ano, terá a missão de preparar Nauert para a função.
Saída de Sessions e Haley
O cargo de secretário de Justiça foi desocupado desde novembro, quando Trump demitiu Jeff Sessions. O presidente esperou passar a eleição de meio de mandato para demiti-lo. Já a posição na ONU estará vaga início de 2019, com a saída de Nikki Haley.
Um dos primeiros parlamentares a apoiar a candidatura de Trump, em 2016, Sessions demonstrou fidelidade ao abordar questões como a de imigração. Mas acabou punido por não ter travado as investigações do procurador Robert Mueller sobre a interferência da Rússia na eleição de Trump.
O presidente havia designado interinamente Matthew Whitaker, chefe de gabinete de Sessions na Justiça, para o posto, com a promessa de fazer a nomeação definitiva em breve.
Já no caso da atual embaixadora na ONU, Nikki Haley, a saída parece ter sido voluntária. Em uma coletiva de imprensa ao lado do presidente em outubro, a ex-governadora do Estado da Carolina do Sul afirmou que decidiu deixar o cargo no início de 2019 para facilitar a renovação da posição.