O presidente americano Donald Trump anunciou oficialmente, neste sábado, 26, a nomeação da juíza conservadora Amy Coney Barrett para ocupar a cadeira da Suprema Corte deixada em aberto pelo falecimento de um ícone liberal, a juíza Ruth Bader Ginsburg. Barrett foi confirmada por Trump durante pronunciamento na Casa Branca, em Washington.
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Clique e AssineNa análise de especialistas americanos, a nomeação de Barrett, conhecida por suas posições antiaborto, é uma forma de Trump satisfazer os apoiadores evangélicos em meio ao processo eleitoral em que o presidente busca a reeleição. Ou seja, Trump está tentando reagrupar a base conservadora do eleitorado. Atualmente, está atrás de Joe Biden, o candidato democrata, em todas as pesquisas eleitorais.
De acordo com o jornal The New York Times, várias pessoas próximas ao processo de escolha do novo juiz da Suprema Corte disseram que Trump não estava ouvindo os conselhos para considerar o nome de uma juíza da Flórida, Barbara Lagoa, que foi confirmada em uma votação bipartidária e que poderia apelar aos eleitores latinos de que também o presidente precisa. Mas Trump acabou nomeando mesmo Barrett.
A escolhida para a Suprema Corte precisa ainda ser aprovada por maioria simples no Senado americano. Barrett, de 48 anos, é católica praticante, tem sete filhos, dois deles adotados no Haiti e um com síndrome de Down. Se for aprovada pelo Senado, poderá ficar no cargo até sua morte, ou seja, Trump está garantindo uma forte presença conservadora por décadas na Suprema Corte.
A mesma discussão ganhará força no Brasil, nas próximas semanas, com o anúncio da saída antecipada de Celso de Mello do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro prometeu que iria nomear alguém “terrivelmente evangélico” para o cargo.