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Trump contraria aliados e parentes e insiste em contestar eleições

Presidente americano foi aconselhado a reconhecer vitória de Biden até pela primeira dama, mas não volta atrás

Por Ricardo Ferraz Atualizado em 9 nov 2020, 07h48 - Publicado em 8 nov 2020, 21h08

Enquanto presidente os Estados UnidosDonald trump, insiste na narrativa de que a eleição foi fraudada, publicando mensagens no Twitter em que critica o sistema eleitoral americano sem apresentar provas, assessores, políticos e até familiares tentam convencê-lo a dar o braço a torcer e reconhecer a vitória  de Joe Biden nas urnas. 

“Desde quando  a mídia diz quem será o nosso próximo presidente?”,  indagou Trump nas redes sociais na tarde deste domingo. Ele também compartilhou artigos e opiniões de blogs alternativos que o apoiam publicamente e uma entrevista do líder republicano na Câmara dos Deputados,  Kevin McCarthy, à rede de TV conservadora Fox News, em que afirma, que a eleição ainda não está decidida e que deve-se aguardar a recontagem dos votos em diversos Estados.

Nos bastidores, porém, republicanos se dividem entre apoiar o presidente e colocar um fim às especulações e reconhecer a vitória democrata.  De acordo com a rede de televisão CNN,  a esposa de Donald Trump, Melania, e seu genro e principal Conselheiro, Jared Kushner, disseram ao presidente  que ele deveria mudar de postura e parar de contestar o resultado. 

Trump, no entanto, não dá nenhuma indicação de que vá  seguir esses conselhos.  Mais cedo,  pelo Twitter,  o republicano publicou trechos de  um texto escrito pelo jurista conservador, Jonathan Turley, em que defende que os Estados Unidos têm problemas sistêmicos de segurança nas urnas. 

Enquanto isso, alguns republicanos de peso,  como o ex-presidente  George W. Bush,  congratulam Joe Biden publicamente e reconhecem que o democrata é o quadragésimo sexto presidente americano. A divergência não indica apenas uma divisão de opiniões quanto à estratégia a ser seguida até janeiro de 2022,  quando Baden deve tomar posse,  mas coloca em dúvida a liderança do presidente americano e os rumos  do partido no futuro.

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