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Trump crava tarifaço no dia 1°: ‘Prazo não será prorrogado’

A partir da data, Brasil passará a ser alvo de taxas de 50%, retaliação de Trump à "caças às bruxas" do governo Lula e do STF ao ex-presidente Jair Bolsonaro 

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 jul 2025, 10h12

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou nesta quarta-feira, 30, prorrogar o prazo para a implementação do tarifaço. A declaração confirma a postura rígida do republicano, que na semana passada já havia alertado que a data limite, estabelecida para 1° de agosto, era “para todos”. No primeiro dia do mês, então, o Brasil passará a ser alvo de taxas de 50%, uma retaliação de Trump à “caças às bruxas”, como definiu, do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

“O prazo de primeiro de agosto é o prazo de primeiro de agosto — ele permanece firme e não será prorrogado”, escreveu Trump na Truth Social, rede social da qual é dono, acrescentando em outra publicação: “Primeiro de agosto, um grande dia para a América.”

Apesar da inflexibilidade, os países alvos das tarifas ainda poderão negociar mudanças com os EUA. No domingo, 25, o o secretário de Comércio da Casa Branca, Howard Lutnick, disse à emissora americana Fox News que “as pessoas (os governantes) ainda poderão falar com o presidente Trump (sobre o assunto)” e que o líder americano está “sempre disposto a ouvir”, mas ponderou: ‘Se elas poderão fazê-lo feliz ou não é outra questão… Mas ele está sempre disposto a negociar”.

Em abril, o republicano divulgou uma lista com países cujas mercadorias seriam submetidas a tarifas exorbitantes ao aportar em solo americano. A medida teve como justificativa “corrigir o déficit comercial” com parceiros, mas vai afetar até as relações superavitárias para os EUA. As alíquotas impostas variam de uma porcentagem mínima de 15% até o máximo de 50%. A União Europeia (UE), por exemplo, chegou a um acordo que reduziu a tarifa de 30% para 15%, enquanto o Canadá terá que arcar com 35%.

+ Trump rejeita adiar início do tarifaço: ‘O 1º de agosto é para todos’

Trump x Lula

Em 9 de julho, Trump anunciou novas taxas contra produtos brasileiros através de uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No texto, o republicano afirmou que a “forma como o Brasil tem tratado o ex-Presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional” e criticou o STF.

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“Em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos (como demonstrado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro), a partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os Estados Unidos, separada de todas as tarifas setoriais existentes”, escreveu Trump.

Bolsonaro está inelegível por 8 anos, por duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral, por abuso de poder e uso indevido de meios de comunicação, ao atacar as urnas eletrônicas durante a eleição de 2022, sem provas concretas.

Lula, então, respondeu à ameaça e frisou que o “Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”. O petista também disse que o “processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais”.

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“No contexto das plataformas digitais, a sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática. No Brasil, liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas. Para operar em nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira”, rebateu Lula.

“Neste sentido, qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica. A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo”, concluiu.

Mais tarde, Trump mandou abrir uma investigação comercial contra o Brasil com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. A apuração vai determinar se atos, políticas e práticas do governo brasileiro são de alguma forma injustas ou discriminatórias e prejudicam ou restringem o comércio americano.

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