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Trump desembarca em Hanói para segunda reunião com Kim Jong-un

Ditador norte-coreano também já está no Vietnã; encontro será na noite de quarta, em jantar privado

Por Da redação
Atualizado em 26 fev 2019, 12h25 - Publicado em 26 fev 2019, 11h44

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou em Hanói, no Vietnã, nesta terça-feira, 26, para seu segundo encontro com o ditador norte-coreano, Kim Jong-un.

O avião presidencial Air Force One aterrissou às 20h54 do horário local (10h54 em Brasília) no aeroporto internacional de Hanói, depois de um voo de 21 horas que incluiu duas paradas para reabastecimento, no Reino Unido e no Catar.

A agenda de Trump no Vietnã começará nesta quarta-feira, 27, com vários encontros com autoridades vietnamitas. A reunião de cúpula com Kim só começa a noite, com um jantar de trabalho privado.

Participarão do encontro, pelo lado Estados Unidos, o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o chefe de gabinete interino da Casa Branca, Mick Mulvaney. Kim será acompanhado por outros dois funcionários norte-coreanos. Um deles, segundo rumores, é o responsável pela inteligência da Coreia do Norte, Kim Yong-chol.

O local do jantar ainda não foi divulgado oficialmente, mas a agência de notícias estatal sul-coreana Yonhap apontou a Ópera de Hanói como uma das principais opções.

Espera-se que o grosso das reuniões da cúpula aconteça na quinta-feira, 28, embora ainda não se saibam os detalhes da agenda desse processo.

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Diplomatas especulam que as negociações principais devem acontecer no hotel de luxo e estilo colonial francês Metropole. Forças de segurança e membros da área de logística dos Estados Unidos foram vistos no local nesta segunda-feira 25, mas a informação não foi confirmada oficialmente.

Donald Trump quis se mostrar otimista com relação a este encontro, assegurando no Twitter que espera com impaciência “uma cúpula muito produtiva”.

Kim Jong-un também desembarcou no Vietnã nesta terça. O norte-coreano viajou de Pyongyang até Dong Dang, uma cidade vietnamita que fica na divisa com a China, de trem.

A primeira parada do ditador em Hanói foi a embaixada de seu país na cidade. Kim está hospedado no Melia Hanoi, no centro da capital.

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Já Trump deve ficar no J. W. Marriott Hotel, a cerca de 10 quilômetros de seu colega asiático. A informação não foi confirmada pela Casa Branca, mas moradores da região relataram à imprensa americana ter visto forças de segurança rondando o prédio e restaurantes nas proximidades tiveram que fechar suas portas por seis dias.

Expectativa alta

Com a aproximação do encontro entre os dois líderes, a expectativa da comunidade internacional sobre os resultados concretos também aumenta. Kim e Trump realizaram se reuniram em Singapura no ano passado, que terminou com uma vaga declaração sobre os esforços de Pyongyang para avançar para o desarmamento nuclear, mas sem prazos ou metas claros.

A Coreia do Norte assegura que já fez gestos na direção da desnuclearização, como o congelamento dos teste militares e a destruição dos acessos às instalações onde realizada testes nucleares.

Nesta segunda-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou sua esperança de que este segundo encontro entre Kim e Trump se encerre com “medidas concretas” para o desarmamento nuclear da península coreana.

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Ao discursar na Conferência sobre Desarmamento em Genebra, Guterres disse que espera que os dois líderes consigam “medidas concretas para uma desnuclearização durável, pacífica, completa e verificável” da península coreana.

No entanto, durante uma cerimônia realizada no domingo na Casa Branca, Trump parecia interessado em reduzir as expectativas de um acordo global.

“As sanções continuam, tudo continua como está, mas temos um sentimento especial e acho que isso levará a algo bom. Mas talvez não”, disse ele.

“Há realmente uma oportunidade para fazer algo muito, muito especial”, afirmou Trump, assegurando que não cederá e que as sanções vão continuar em vigência.

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Por trás de Trump, por outro lado, as pressões do Congresso estão aumentando constantemente para que o chefe da Casa Branca adote uma postura mais firme. O influente senador Marco Rubio, por exemplo pediu que Washington “maximize” as pressões sobre Pyongyang.

“Os negociadores americanos devem pressionar por um acordo forte que desmantele completamente, de forma verificável e irreversível, os programas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte”, disse ele em um comunicado divulgado logo após o avião de Trump decolar para o Vietnã.

(Com EFE)

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