Trump divulga foto de cachorro que ajudou na morte de líder do EI
Ferido pela explosão que matou o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr Baghdadi, o canino foi elogiado como 'bonito e talentoso' pelo presidente americano
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou nesta segunda-feira, 28, a foto de um dos cachorros de combate que atuou na operação militar de captura do líder do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr Baghdadi, no domingo 27. A missão resultou na morte do extremista, que detonou seu próprio colete-bomba.
O nome do cão é mantido em segredo por enquanto. Mas ele foi ferido justamente por causa dessa explosão, que se deu no momento em que o líder terrorista fugia da Força Delta americana dentro de um túnel. Baghdadi estava acompanhado por três crianças, que morreram com ele.
No anúncio oficial sobre os resultados da operação, Trump ressaltou que o cachorro é “muito bonito e talentoso”. Também descreveu os últimos momentos de Baghdadi como morrendo “como um cachorro” — a menção ao animal é um insulto entre os muçulmanos — e “como um covarde”.
O presidente americano também prometeu disponibilizar parte do vídeo que mostra a ação dos militares americanos contra o líder do Estado Islâmico em sua casa, próxima a um vilarejo chamado Barisha, no noroeste da Síria. Essa região está sob o controle de rebeldes e do grupo Hayat Tahrir Sham — conhecido como Fronte Nusra, um braço armado da Al Qaeda no país.
O comandante das forças curdas, general Mazloum Abdi, anunciou que enquanto a Força Delta americana atacava a casa de Baghdadi, outra operação liderada pelos americanos com reforço das forças de Defesa Sírias (SDF) na província de Aleppo — controlada pela Turquia — matou o braço direito do líder terrorista, o porta-voz do Estado Islâmico, Abu Hassan Muhajir.
A operação fora atrasada por um mês por causa da retirada abrupta de tropas americanas da Síria, que resultou na invasão da Turquia, apoiada por rebeldes na região. Baghdadi foi encontrado a poucos quilômetros da fronteira do país com o vizinho turco, levantando questões sobre a leniência de Ancara no combate ao Estado Islâmico.
Não é primeira vez que os Estados Unidos usa cachorros para capturar seus mais ambicionais alvos. A operação que resultou na morte de Osama bin Laden, líder da Al Qaeda e arquiteto dos ataques de 11 de setembro de 2001, teve a participação dos caninos. Um deles teve seu nome revelado como Cairo.