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Trump diz que conversará com Lula sobre tarifas em ‘algum momento, mas não agora’

Trump voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro, definido por ele como 'muito honesto', e afirmou que governo brasileiro o trata de forma 'muito injusta'

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 jul 2025, 11h49 - Publicado em 11 jul 2025, 11h34

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira, 11, que conversará “em algum momento” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as novas tarifas contra o Brasil. Em visita ao Texas, estado atingido por graves enchentes, Trump defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), definido por ele como “muito honesto”, e disse que o governo brasileiro o trata de forma “muito injusta”.

“Talvez em algum momento, mas não agora”, afirmou Trump ao ser questionado se conversaria com Lula sobre as taxas. “Ele (Lula) está tratando o presidente Bolsonaro de forma muito injusta, o conheço bem, já negociei com ele (Bolsonaro) e ele é um bom negociador. Posso te falar que ele é um homem muito honesto e ama o povo brasileiro.”

Trump anunciou taxas de 50% sobre importações brasileiras nesta quarta-feira, 9, através de uma carta a Lula. No texto, o republicano afirmou que a “forma como o Brasil tem tratado o ex-Presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional” e que criticou o Supremo Tribunal Federal (STF).

“Em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos (como demonstrado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro), a partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os Estados Unidos, separada de todas as tarifas setoriais existentes”, escreveu o republicano.

+ China critica tarifas de Trump como ‘interferência em assuntos internos’ do Brasil

Resposta de Lula

O petista, então, respondeu à ameaça e frisou que o “Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”. Lula também disse que o “processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais”.

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“No contexto das plataformas digitais, a sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática. No Brasil, liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas. Para operar em nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira”, rebateu Lula.

“Neste sentido, qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica. A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo”, concluiu.

+ Brasileiros inundam redes sociais de Trump após anúncio de tarifas

Defesa a Bolsonaro

Na segunda-feira, Trump já havia usado suas redes sociais para citar uma suposta “caça às bruxas” a Jair Bolsonaro. A mensagem foi prontamente criticada por Lula, que reforçou que “a defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros” e que “ninguém está acima da lei”.

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Bolsonaro está inelegível por 8 anos, por duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral, por abuso de poder e uso indevido de meios de comunicação, ao atacar as urnas eletrônicas durante a eleição de 2022, sem provas concretas.

Em paralelo, em março, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal tornou por unanimidade o ex-presidente e mais sete aliados réus por tentativa de golpe em 2022, aceitando denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República. Ele também responde pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

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