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Trump diz que palestinos não terão direito de retornar a Gaza sob plano de ocupação dos EUA

Comentário contraria declarações anteriores da Casa Branca, que argumentava que o plano de realocação dos palestinos seria apenas temporário

Por Redação
Atualizado em 10 fev 2025, 18h44 - Publicado em 10 fev 2025, 13h52

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira 10 que os palestinos não terão direito a retornar à Faixa de Gaza caso o governo americano ocupe o local para transformá-lo na “Riviera do Oriente Médio”. O comentário, feito durante entrevista à emissora americana Fox News, contraria declarações anteriores da Casa Branca, que argumentava que o plano de realocação dos palestinos seria apenas temporário.

“Nós construiremos comunidades seguras, um pouco longe de onde eles estão, onde todo esse perigo está”, disse Trump, após rejeitar o direito dos palestinos de retornar à Faixa. “Enquanto isso, eu seria dono disso. Pense nisso como um empreendimento imobiliário para o futuro. Seria um belo pedaço de terra. Nenhum grande dinheiro gasto.”

Na semana passada, o republicano propôs “assumir” o controle da Faixa de Gaza e deslocar a população para países árabes, como Jordânia e Egito. Ele frisou que cogitava que os EUA permanecessem no controle de Gaza “no longo prazo” e que o propósito seria levar “estabilidade” ao território e ao Oriente Médio, além de benefícios econômicos. Trump também cogitou enviar soldados americanos ao enclave, adiantando: “No que diz respeito a Gaza, faremos o que for necessário. Se for necessário, faremos isso”.

+ Netanyahu diz que vai cumprir promessa de Trump para retirar palestinos de Gaza

Reação internacional

Após a proposta de Trump, o Escritório de Direitos Humanos da ONU, com sede em Genebra, na Suíça, afirmou que “qualquer transferência forçada ou deportação de pessoas de território ocupado é estritamente proibida”. Anteriormente, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que o projeto equivaleria a uma “limpeza étnica” e teria o risco de “tornar impossível um Estado palestino para sempre”. As propostas de Trump, se realizadas, envolveriam deslocar uma população de mais de 2 milhões de pessoas.

Países como França, Espanha, Reino Unido e Rússia se posicionaram contra a medida e condenaram qualquer avanço em direção à retirada de palestinos de suas terras. E a Arábia Saudita, potência regional com quem Trump tenta fortalecer os laços com Israel, afirmou que não normalizará relações com Tel Aviv sem a criação de um Estado palestino e rejeitou qualquer tentativa de deslocar os palestinos de suas terras.

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Não seria a primeira vez que os palestinos veriam seu direitos anulados e seu território ocupado. Após a queda do Império Otomano, na década de 1920, a Faixa de Gaza foi controlada pelo Mandato Britânico. Depois, foi ocupada por Israel, como resultado da Guerra dos Seis Dias (1967), até 2005, com o Hamas assumindo o comando após vencer as eleições parlamentares.

 

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