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Trump diz que vai remover Sudão da lista de países que apoiam terrorismo

Relação inclui ainda Irã, Coreia do Norte e Síria. Nação africana se comprometeu a indenizar vítimas americanas de ataque da Al Qaeda em 1998 em US$ 335 mi

Por Da Redação
Atualizado em 20 out 2020, 15h47 - Publicado em 20 out 2020, 15h15

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na segunda-feira 19 que vai retirar o Sudão da lista de países apoiadores de terrorismo como resultado de uma acordo no qual o governo sudanês se compromete a indenizar as famílias de vítimas de atentados da Al Qaeda em 1998.

“Excelentes notícias! O novo governo do Sudão, que está fazendo um grande progresso, concordou em pagar 335 milhões de dólares às vítimas americanas do terrorismo e suas famílias. Uma vez pago, vou eliminar o Sudão da lista de países que apoiam o terrorismo”, tuitou o presidente, sem dar mais detalhes.

Os Estados Unidos têm buscado indenizações para famílias das vítimas dos ataques da Al Qaeda em 1998 contra as embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, que deixaram mais de 200 mortos. O Sudão integra desde 1993 a lista de países classificados por Washington como patrocinadores do terrorismo, juntamente com Irã, Coreia do Norte e Síria.

Em 2019, manifestações populares conseguiram retirar o ditador Omar Bashir do controle do país. Em seguida, um governo de transição foi instaurado.

Para o primeiro-ministro, Abdalla Hamdok, o acordo com os Estados Unidos e o anúncio de Trump é “o apoio mais forte à transição do Sudão para a democracia e ao povo sudanês”.

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“Agora que estamos a ponto de nos desfazer do legado mais pesado do anterior e extinto regime do Sudão, devo reiterar que somos amantes da paz e nunca apoiamos o terrorismo”, disse no Twitter.

Embora o presidente americano tenha autoridade para tirar o país da lista, a dúvida é se o Congresso americano está pronto para aprovar uma legislação que outorgue imunidade ao Sudão ao país mediante o pagamento das indenizações. O país tem sido há muito tempo alvo de campanhas de pressão internacional.

O Sudão foi, durante muito tempo, alvo de campanhas de pressão internacionais, inclusive uma sobre o ditador Bashir pelo conflito na região de Darfur, que os Estados Unidos descreveu como genocídio.

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