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Trump é condenado a pagar US$ 2 milhões em processo contra sua fundação

Fundação Trump foi acusada de desviar dinheiro arrecadado para organizações de caridade para a campanha do presidente em 2016

Por Da Redação
Atualizado em 7 nov 2019, 19h57 - Publicado em 7 nov 2019, 19h33

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi condenado nesta quinta-feira, 7, a pagar 2 milhões de dólares para um conjunto de ONGs para encerrar um processo judicial que acusa a Fundação Trump de má gestão financeira.

A promotoria investigava se o líder americano usou dinheiro arrecadado, sob o pretexto de trabalho de caridade, para obter ganhos políticos, investindo a bolada em sua própria campanha.

A juíza Saliann Scarpulla, de um tribunal em Nova York, constatou que “Trump violou seu dever fiduciário”. Segundo a emissora CNN, ela disse que o presidente “permitiu que sua campanha orquestrasse” uma arrecadação de fundos televisionada para a Fundação, e depois consentiu com a distribuição do dinheiro arrecadado “para promover a campanha política”.

A Procuradoria havia pedido à Justiça que o presidente e seus filhos, que também integram a Fundação Trump, fossem proibidos de participar do conselho de qualquer outra organização sem fins lucrativos de Nova York. A solicitação, contudo, foi negada pela juíza.

A resolução coloca o presidente na posição incomum de ter de pagar milhões em danos enquanto ainda no cargo, em um momento em que enfrenta um grande número de outras batalhas – como um inquérito de impeachment correndo na Câmara dos Deputados.

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Giuliani citado em inquérito

Os democratas da Câmara convocaram diversos membros do governo Trump para depor em comitês da casa nas últimas semanas. Os legisladores investigam a pressão exercida por Trump sobre a Ucrânia para abrir uma investigação contra o ex-presidente e pré-candidato às eleições de 2020 Joe Biden.

Uma das autoridades do Departamento de Estado ouvidas no caso, George Kent, criticou durante seu depoimento o advogado pessoal do presidente Trump, Rudolph Giuliani, por se envolver em uma campanha de difamação contra a ex-embaixadora americana na Ucrânia, Marie Yovanovitch.

As transcrições de seu testemunho foram divulgadas nesta quinta-feira. O vice-secretário de Estado adjunto, responsável pela Ucrânia, disse que as “asserções e alegações de Giuliani contra a ex-embaixadora Yovanovitch eram sem base, falsas, ponto final”, segundo o jornal The Washington Post.

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Marie Yovanovitch foi demitida do cargo de embaixadora por Trump. Segundo a imprensa americana, aliados do presidente reclamaram que ela estava obstruindo os esforços para persuadir Kiev a investigar Joe Biden. Em depoimento no inquérito de impeachment da Câmara, a diplomata disse que suspeita dos mesmos motivos.

Também nesta quinta-feira, Jennifer Williams, consultora especial do vice-presidente Mike Pence na Europa e na Rússia, testemunhou a portas fechadas aos democratas, após ser intimada.

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