O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o colega brasileiro, Jair Bolsonaro, para um jantar no Mar-a-Lago, resort do mandatário americano na Flórida, neste sábado, 7. Em pauta na reunião, estão a parceria econômica firmada entre os dois países e discussões sobre a situação política da Venezuela. Antes do jantar, Trump exaltou a relação firmada entre as nações, mas evitou se comprometer a não impor tarifas extraordinárias ao Brasil. “Nós temos um relacionamento muito bom e sempre ajudamos o Brasil. A amizade nunca esteve melhor”, declarou o estadunidense. “O Brasil o ama e os EUA o amam”, disse Trump, que declarou que Bolsonaro vem “fazendo um ótimo trabalho”.
O presidente brasileiro chegou ao resort acompanhado de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o chanceler Ernesto Araújo e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. O presidente chegou ao país por volta de 17h40 deste sábado e deve ficar nos Estados Unidos por quatro dias. O jantar teve início por volta de 21h30, no horário de Braíslia. É a quarta vez que Bolsonaro viaja para os Estados Unidos para se encontrar com o presidente americano desde que assumiu a presidência.
“Como líderes das duas maiores economias do Hemisfério, eles também discutirão oportunidades para restaurar a democracia na Venezuela, trazer paz para o Oriente Médio, implementar políticas comerciais em prol do crescimento e investir em infraestrutura”, diz um comunicado divulgado pela Secretaria de Imprensa da Casa Branca. Segundo o comunicado divulgado à imprensa pelo governo americano, Trump aproveitará a oportunidade para agradecer ao Brasil por sua “forte aliança” com os Estados Unidos. Os presidentes ainda tratarão de “oportunidades para construir um mundo mais próspero, seguro e democrático”.
O Palácio do Planalto excluiu a equipe do jornal Folha de São Paulo da cobertura do encontro. A Presidência da República convidou 15 jornalistas para acompanhar o jantar, mas excluiu o diária paulista. Bolsonaro chegou a publicar nas redes a publicação do jornal que relata a exclusão. A justificativa do Planalto foi de que a instituição convidou apenas veículos que fazem a cobertura diária do Executivo – o que faz a Folha. Em nota, o jornal diz que “a Presidência mais uma vez discrimina a Folha, o que já se tornou um método de perseguição. O jornal continuará cobrindo esta administração de acordo com os padrões do jornalismo crítico e apartidário que o caracteriza e que praticou em relação a todos os governos”.