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Trump mantém censura a documentos sobre assassinato de Kennedy

Em contradição a lei federal de 1992, governo americano decide que 15.834 trechos de arquivos continuarão inéditos até 2021

Por Da redação
Atualizado em 26 abr 2018, 17h48 - Publicado em 26 abr 2018, 17h47
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  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta quinta-feira (26) que se mantenha até 2021 a censura sobre milhares de trechos de documentos sobre o assassinato de John F. Kennedy. Segundo o republicano, há preocupações de “segurança nacional” que o impedem de cumprir sua promessa de divulgar integralmente “todos” os arquivos sobre o caso.

    Os Arquivos Nacionais dos Estados Unidos publicaram hoje em seu site 19.045 documentos nunca vistos sobre o assassinato; a última divulgação de um total de 47.217 arquivos divulgados desde outubro do ano passado. Contudo, indicaram que 15.834 desses textos contêm extratos censurados por ordem de Trump, por motivos de segurança.

    Além disso, outros 520 arquivos permaneceram em segredo por outras razões, incluindo a presença de materiais judiciais que necessitam da autorização de um magistrado.

    Em outubro, Trump autorizou que os Arquivos Nacionais revelassem milhares de documentos até então inéditos sobre o assassinato do ex-presidente, mas decidiu reter alguns deles devido às pressões da CIA e do FBI.

    O presidente prometeu então que acabaria publicando “todos” os arquivos sobre o assassinato, e deu seis meses a seu governo, que expiraram hoje, para que revisasse as razões pelas quais tinham decidido manter ocultos certos documentos e minimizassem os extratos censurados a fim de publicá-los o mais rápido possível.

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    Mas hoje, em carta enviada aos membros do seu gabinete, Trump disse que está “de acordo com a recomendação” do diretor dos Arquivos Nacionais dos Estados Unidos, David Ferriero, de que “continuar retendo (certas informações) é necessário”, e decretou que sigam ocultas até 26 de outubro de 2021.

    O presidente americano justificou a censura aos 15.834 documentos como ato para “proteger contra um prejuízo identificável contra a segurança nacional, a aplicação da lei e a política externa, que é de tal gravidade que supera o interesse público na publicação imediata” dessas páginas.

    “Ordeno às agências (federais) que revisem de novo cada um dos extratos censurados ao longo dos próximos três anos” e publiquem o máximo possível, indicou Trump.

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    A CIA e o FBI temem que os arquivos censurados exponham “a identidade dos indivíduos” que serviram como fontes, que podem continuar vivos hoje, e detalhem “atividades que realizaram com o apoio de organizações estrangeiras aliadas”, segundo fontes oficiais explicaram aos jornalistas em outubro do ano passado.

    Com exceção dos documentos ainda censurados, os historiadores e especialistas em Kennedy não acreditam que as páginas que foram publicadas nos últimos meses contenham alguma informação relevante.

    No entanto, uma lei americana de 1992 ordenou ao governo que publicasse todos os arquivos inéditos sobre o caso em um prazo de 25 anos, que se completou em outubro do ano passado, quando Trump decretou sua divulgação gradual com certas exceções.

    (Com EFE)

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