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Trump minimiza caso Khashoggi e mantém venda de armas à Arábia Saudita

Presidente americano diz que o Irã e outros países da região praticam o mesmo tipo de comportamento do qual a Arábia Saudita é acusada

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 30 jul 2020, 19h44 - Publicado em 24 jun 2019, 02h41

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a morte do colunista do Washington Post Jamal Kashoggi já foi investigada e que a promessa da Arábia Saudita de gastar bilhões de dólares em equipamentos militares norte-americanos “tem um significado para mim”.

Ele falou dias depois de um relatório da ONU revelar novos detalhes da morte do jornalista saudita e seu aparente desmembramento por agentes do país. O relatório falou em “evidências críveis” que justificavam mais investigações sobre o possível envolvimento do príncipe da coroa do país árabe, Mohammed bin Salman, conhecido como MbS.

Em entrevista ao canal de televisão norte-americano NBC, Trump disse que o assunto Khashoggi “não surgiu” quando ele e Salman conversaram na quinta-feira, dia seguinte à divulgação do relatório.

O presidente norte-americano disse que o Oriente Médio é “um lugar hostil”, e que o Irã e outros países da região também praticam o mesmo tipo de comportamento do qual a Arábia Saudita é acusada. Ele disse que a morte de Khashoggi já foi “muito investigada”.

Agências de inteligência dos EUA concluíram que o príncipe da coroa mandou que Khashoggi fosse morto quando ele fosse ao consulado saudita em Istambul, Turquia. Khashoggi, que morava nos EUA, criticava a família real saudita em seus textos. No ano passado, Trump não quis penalizar a Arábia Saudita pela morte.

Na entrevista, gravada sexta-feira, Trump ressaltou os benefícios econômicos de vender armas para os sauditas: “A Arábia Saudita é uma grande compradora de produtos (norte-americanos). Isso tem um significado para mim. É uma grande produtora de empregos”, disse o presidente. Trump disse que ele não é “como um tolo” que se recusará a fazer negócios com o aliado dos EUA, argumentando que o reino procurará rivais como China e Rússia se Washington se recusar a vender armas para os sauditas.

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O senado dos EUA votou na semana passada para bloquear o governo Trump de vender armas para a Arábia Saudita. O presidente prometeu vetar a medida.

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