Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Trump não certifica acordo com o Irã, mas mantém EUA no pacto

Presidente americano acusa Teerã de "múltiplas violações" do acordo e deixa para Congresso decidir se país volta a impor sanções contra regime iraniano

Por Da redação
Atualizado em 13 out 2017, 16h55 - Publicado em 13 out 2017, 15h52

Como já era esperado, o presidente americano Donald Trump anunciou nesta sexta-feira que não irá certificar o cumprimento por Teerã do grande acordo nuclear firmado entre os países, que conta também com a chancela de Rússia, China, Alemanha, França, Reino Unido e União Europeia. Anunciando uma nova estratégia sobre o relacionamento de Washington com Teerã, o chefe da Casa Branca afirmou que deixará a cargo do Congresso determinar a retomada de sanções nos próximos sessenta dias, mas disse que pode encerrar o acordo a qualquer momento.

“O regime iraniano cometeu múltiplas violações do acordo”, disse Trump, sem dar detalhes quais seriam essas violações. “Não podemos e não iremos fazer essa certificação. Não iremos seguir por um caminho cuja conclusão previsível será mais violência, mais terror e a verdadeira ameaça de um Irã com capacidades nucleares”. O presidente americano afirmou também que planeja impor sanções contra membros da Guarda Revolucionária do Irã.

A intenção do presidente americano é que os deputados estabeleçam limites que, cruzados pelo governo iraniano, ativem medidas imediatas contra o regime de Teerã. Entre esses “gatilhos” estão o eventual lançamento de misseis balísticos pelo Irã, uma possível recusa em estender a duração da restrição contra a produção de combustível nuclear ou uma futura conclusão, a partir das agências de inteligências americanas, de que o país poderia desenvolver uma arma nuclear em um período inferior a um ano, segundo o jornal americano New York Times. Trump afirmou que “caso não consigamos chegar a uma solução com o Congresso e com nossos aliados, o acordo será encerrado”.

Repercussão

A chefe da União Europeia para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, disse, após o pronunciamento de Trump, que o pacto nuclear “está funcionando” e que ele não pode ser renegociado por apenas uma das partes envolvidas. “Não cabe a um único país encerrar o acordo”, comentou, reiterando o compromisso dos envolvidos com o pacto. “A comunidade internacional, incluindo a União Europeia, sinalizou claramente que o acordo continua e continuará valendo”.

O ministro da Inteligência de Israel, Israel Katz, disse que o discurso de Trump contra o acordo nuclear com o Irã foi “muito significativo” e poderia levar a uma guerra, dadas as ameaças feitas antes por Teerã. “O Irã é a nova Coreia do Norte. Nós vemos onde as coisas estão acontecendo”, apontou o ministro em entrevista à rede israelense de TV Channel 2.

Continua após a publicidade

O presidente iraniano Hassan Rohani acusou Trump de “insultos e acusações falsas”, e reiterou que o país continuará engajado com o pacto nuclear. Em pronunciamento ao vivo na TV local, ele afirmou que os Estados Unidos não têm o poder de revogar o acordo e que o Irã “não irá se curvar diante de pressões estrangeiras”. O mandatário também assinalou que  Teerã, contrariando os desejos do presidente americano, irá expandir seu programa de misseis balísticos.

A Rússia afirmou nesta sexta-feira que as consequências serão “extremamente negativas” se os Estados Unidos deixarem o acordo com o Irã sobre o programa nuclear iraniano, e que Teerã provavelmente também abandonaria o pacto. “Certamente isso vai prejudicar a atmosfera de previsibilidade, segurança, estabilidade e não proliferação no mundo inteiro”, disse Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, a repórteres.

Por sua vez, o presidente do Parlamento do Irã, Ali Larijani, rechaçou qualquer possibilidade de que os Estados Unidos possam recuar do acordo com Teerã. Em visita à Rússia, ele disse que a mudança de posição seria um insulto ao Irã e às Nações Unidas, e qualquer revisão poderia levar o país a tomar suas próprias ações, sem especificá-las. Em setembro, Rohani declarou que Washington pagaria um “preço alto” caso abandonasse o acordo.

(com agências internacionais)

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.