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Trump não certifica acordo com o Irã, mas mantém EUA no pacto

Presidente americano acusa Teerã de "múltiplas violações" do acordo e deixa para Congresso decidir se país volta a impor sanções contra regime iraniano

Por Da redação
Atualizado em 13 out 2017, 16h55 - Publicado em 13 out 2017, 15h52
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  • Como já era esperado, o presidente americano Donald Trump anunciou nesta sexta-feira que não irá certificar o cumprimento por Teerã do grande acordo nuclear firmado entre os países, que conta também com a chancela de Rússia, China, Alemanha, França, Reino Unido e União Europeia. Anunciando uma nova estratégia sobre o relacionamento de Washington com Teerã, o chefe da Casa Branca afirmou que deixará a cargo do Congresso determinar a retomada de sanções nos próximos sessenta dias, mas disse que pode encerrar o acordo a qualquer momento.

    “O regime iraniano cometeu múltiplas violações do acordo”, disse Trump, sem dar detalhes quais seriam essas violações. “Não podemos e não iremos fazer essa certificação. Não iremos seguir por um caminho cuja conclusão previsível será mais violência, mais terror e a verdadeira ameaça de um Irã com capacidades nucleares”. O presidente americano afirmou também que planeja impor sanções contra membros da Guarda Revolucionária do Irã.

    A intenção do presidente americano é que os deputados estabeleçam limites que, cruzados pelo governo iraniano, ativem medidas imediatas contra o regime de Teerã. Entre esses “gatilhos” estão o eventual lançamento de misseis balísticos pelo Irã, uma possível recusa em estender a duração da restrição contra a produção de combustível nuclear ou uma futura conclusão, a partir das agências de inteligências americanas, de que o país poderia desenvolver uma arma nuclear em um período inferior a um ano, segundo o jornal americano New York Times. Trump afirmou que “caso não consigamos chegar a uma solução com o Congresso e com nossos aliados, o acordo será encerrado”.

    Repercussão

    A chefe da União Europeia para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, disse, após o pronunciamento de Trump, que o pacto nuclear “está funcionando” e que ele não pode ser renegociado por apenas uma das partes envolvidas. “Não cabe a um único país encerrar o acordo”, comentou, reiterando o compromisso dos envolvidos com o pacto. “A comunidade internacional, incluindo a União Europeia, sinalizou claramente que o acordo continua e continuará valendo”.

    O ministro da Inteligência de Israel, Israel Katz, disse que o discurso de Trump contra o acordo nuclear com o Irã foi “muito significativo” e poderia levar a uma guerra, dadas as ameaças feitas antes por Teerã. “O Irã é a nova Coreia do Norte. Nós vemos onde as coisas estão acontecendo”, apontou o ministro em entrevista à rede israelense de TV Channel 2.

    O presidente iraniano Hassan Rohani acusou Trump de “insultos e acusações falsas”, e reiterou que o país continuará engajado com o pacto nuclear. Em pronunciamento ao vivo na TV local, ele afirmou que os Estados Unidos não têm o poder de revogar o acordo e que o Irã “não irá se curvar diante de pressões estrangeiras”. O mandatário também assinalou que  Teerã, contrariando os desejos do presidente americano, irá expandir seu programa de misseis balísticos.

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    A Rússia afirmou nesta sexta-feira que as consequências serão “extremamente negativas” se os Estados Unidos deixarem o acordo com o Irã sobre o programa nuclear iraniano, e que Teerã provavelmente também abandonaria o pacto. “Certamente isso vai prejudicar a atmosfera de previsibilidade, segurança, estabilidade e não proliferação no mundo inteiro”, disse Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, a repórteres.

    Por sua vez, o presidente do Parlamento do Irã, Ali Larijani, rechaçou qualquer possibilidade de que os Estados Unidos possam recuar do acordo com Teerã. Em visita à Rússia, ele disse que a mudança de posição seria um insulto ao Irã e às Nações Unidas, e qualquer revisão poderia levar o país a tomar suas próprias ações, sem especificá-las. Em setembro, Rohani declarou que Washington pagaria um “preço alto” caso abandonasse o acordo.

    (com agências internacionais)

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