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Trump não descarta reunião com Maduro e diz desconfiar de Guaidó

Em entrevista ao site Axios, o presidente americano diz ter desconfiança sobre a capacidade de Juan Guaidó em depor o presidente venezuelano

Por Da Redação
Atualizado em 22 jun 2020, 13h13 - Publicado em 22 jun 2020, 13h02
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  • Em entrevista ao site Axios no domingo 21, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que poderia pensar em se reunir com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e que não tem muita confiança no opositor Juan Guaidó, autointitulado presidente interino da Venezuela.

    “Poderia pensar nisso. Maduro gostaria de se reunir. E eu nunca me oponho às reuniões”, disse Trump, segundo o Axios. “Sempre digo que se perde muito pouco com as reuniões. Mas, até agora, eu as recusei”, afirmou.

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    O governo americano foi o primeiro a declarar apoio a Guaidó quando este se proclamou presidente interino. Trump deu ao opositor todo o suporte da máquina diplomática americana e o recebeu por diversas vezes na Casa Branca. Mas ao Axios, o presidente americano disse que, por trás das cortinas, expressou sua desconfiança quanto ao líder oposicionista.

    Guaidó “foi escolhido. Eu acho que era necessariamente a favor, mas algumas pessoas gostavam dele, outras, não. Soou bem para mim. Não acho que tenha sido muito significativo de uma maneira, ou de outra”, disse Trump. Segundo o site, o presidente “indicou que não tem muita confiança” no venezuelano.

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    As declarações de Trump ocorrem na esteira da publicação do livro de memórias do ex-conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos Jon Bolton, que serviu Trump por pouco mais de um ano e sete meses. Na obra, Bolton diz o presidente considerava  Guaidó “uma criança” na frente de Maduro, cuja imagem era “forte”.

    Ao ser questionado se estava arrependido da decisão de apoiar Guaidó, como sugere Bolton em seu livro, Trump disse: “Eu poderia ter vivido com e sem Guaidó, mas eu era muito contra o que estava acontecendo na Venezuela”.

    Após a saída de Bolton, considerado um dos mais belicosos assessores da Casa Branca, a retórica americana contra a Venezuela arrefeceu. Guaidó, por outro lado, se viu cada vez mais isolado e sem o apoio internacional que recebera em janeiro de 2019.

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