O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passou em um teste cognitivo e seu estado de saúde em geral é excelente, mas precisa perder de 4,5 a cerca de 7 quilos se alimentando melhor e começando a se exercitar, disse o médico da Casa Branca nesta terça-feira.
Trump, ao tentar encerrar algumas questões persistentes sobre sua aptidão mental para o cargo, pediu ao médico que adicionasse um teste de triagem cognitiva ao seu primeiro exame médico presidencial e também autorizou o dr. Ronny Jackson a divulgar todos os resultados dos testes.
O médico da Marinha respondeu à exaustão a perguntas dos repórteres durante entrevista coletiva excepcionalmente longa na terça-feira, a pedido de Trump. Jackson garantiu que não escondeu nenhuma informação.
O presidente, de 71 anos, é conhecido por gostar de alimentos ricos em gordura, como frango frito, hambúrgueres e bife e, embora jogue golfe, não tem uma rotina diária de exercícios.
A capacidade mental de Trump para o trabalho passou a ser questionada após o lançamento do controverso livro do escritor Michael Wolf, Fogo e Fúria: por Dentro da Casa Branca de Trump, que o retrata como infantil e volátil.
Não se sabe de presidentes anteriores que tenham sido testados quanto à acuidade mental enquanto estavam no cargo. Nem mesmo Ronald Reagan, que cinco anos depois de sair da Casa Branca foi diagnosticado com Alzheimer, passou por esse tipo de exame.
Jackson, que fala com Trump algumas vezes ao dia e sempre viaja com o presidente, disse que não acreditava que os testes cognitivos eram necessários, com base em diretrizes médicas. Mesmo assim, adicionou a Avaliação Cognitiva Montreal de trinta perguntas a pedido de Trump.
O teste procura sinais de demência ou Alzheimer, uma doença cerebral degenerativa incurável. As perguntas da amostra incluem pedir ao paciente que desenhe um relógio, colocando todos os números e ajustando os ponteiros do relógio em um horário específico. O teste não avalia a aptidão psiquiátrica.
Trump conseguiu 30 pontos em 30 possíveis no teste, disse Jackson. “O presidente é mentalmente muito afiado”, disse ele.