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Trump baixa decreto para retaliar redes sociais

Atuante no Twitter, presidente americano autoriza a responsabilização na Justiça das mídias pelo conteúdo propagado pelos seus usuários - até mesmo os dele

Por Da Redação
Atualizado em 28 Maio 2020, 19h00 - Publicado em 28 Maio 2020, 17h00
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  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinounesta quinta-feira, 28, decreto para retaliar as redes sociais após ter uma publicação sua classificada como “enganosa” pelo Twitter na terça-feira 26. O decreto aumenta as possibilidades de as redes sociais responderem na Justiça americana como responsáveis pelos conteúdos veiculados – inclusive, de suas próprias postagens. A iniciativa é tida como tentativa de censura da Casa Branca a esses meios.

    Segundo o jornal The Guardian, o texto abre margem para que o Judiciário americano sancionar as empresas que, “no julgamento do governo, não são imparciais em suas práticas editoriais”. A União Americana pelas Liberdades Civis afirma, porém, que a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos limita qualquer ação que Trump possa tomar para regulamentar as plataformas de mídia social.

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    As redes sociais são acusadas por grupos conservadores de sufocar seu discurso e dar mais espaço para as pautas progressistas – como a do Partido Democrata, de oposição. Em paralelo ao entreveiro entre Trump e o Twitter, na quarta-feira 27, um painel de três juízes do Tribunal de Apelações de Washington rejeitou uma ação movida por um grupo conservador e uma personalidade da direita no YouTube contra Google, Facebook, Twitter e Apple que alegava ser censurado por essas empresas.

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    A política do Twitter até o momento era a de não interferir nos discursos de figuras políticas, apesar de receber críticas por deixar que políticos expusessem na plataforma suas visões extremistas e compartilhassem desinformação para seus seguidores, sem contestação.

    Mas na terça-feira 27, Trump fez alegações – sem apresentar nenhuma prova – contra os votos enviados por correio nas eleições. O presidente afirmou que essas cédulas abrem margem para a fraude no pleito e que eleitores inelegíveis, como os que vivem em situação irregular no país, poderiam votar e beneficiar os candidatos democratas.

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    A rede social não retirou o tuíte do ar nem tampouco o censurou. Mas criou um selo no corpo do texto, com um link para uma nova página, na qual é compilada a checagem de fatos feita por jornalistas dos mais variados veículos de imprensa.

    “Os republicanos sentem que as plataformas de redes sociais silenciam totalmente as vozes conservadoras. Nós as regulamentaremos fortemente ou as fecharemos, antes de permitirmos que isto possa acontecer”, disse Trump em postagens no Twitter na quarta-feira.

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