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Trump prepara ‘grande reunião’ para definir futuro de Gaza, diz enviado especial

Trata-se da primeira vez que um funcionário do governo Trump revela a existência de uma proposta americana para o enclave palestino

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 ago 2025, 11h20

O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, disse que o presidente Donald Trump realizará uma “grande reunião” na Casa Branca nesta quarta-feira, 27, para discutir o “plano abrangente” sobre a governança da Faixa de Gaza após o fim da guerra entre Israel e Hamas, iniciada em 7 de outubro e ainda sem previsão de ser encerrada. Trata-se da primeira vez que um funcionário do governo Trump revela a existência de uma proposta americana para o futuro do enclave palestino.

Em fevereiro, o republicano sugeriu uma tomada de controle dos EUA de Gaza para transformá-la na “Riviera do Oriente Médio”, sem que os palestinos deslocados tenham direito de retornar ao território. Em comentários na época, Trump afirmou que, nesse cenário, construiria “comunidades seguras, um pouco longe de onde eles estão, onde todo esse perigo está” e que seria “dono” de Gaza, acrescentando: “Pense nisso como um empreendimento imobiliário para o futuro. Seria um belo pedaço de terra. Nenhum grande dinheiro gasto”.

Mas, embora tenha prometido, o líder americano nunca apresentou uma proposta concreta. Em entrevista à emissora americana Fox News, Witkoff alegou que “muitas pessoas verão o quão robusto e bem-intencionado ele (o plano) é, e ele reflete os motivos humanitários do presidente Trump”. Ele também informou que a Casa Branca não está mais disposta a apoiar acordos de cessar-fogo parciais em relação à questão dos reféns. Acredita-se que apenas 20 ainda estejam vivos, enquanto outros 28 estão mortos.

Witkoff atribuiu responsabilidade ao Hamas pela falta de um acordo até o momento. Ele argumentou que o grupo radical “retardou o processo” no mês passado ao adicionar novas condições. Após as mudanças dos militantes, os EUA e Israel retiraram as equipes de negociação da mesa. O governo israelense recusa qualquer pacto que envolva fases para o retorno dos reféns, demandando que sejam libertados imediatamente. O Hamas, por sua vez, exige que as tropas de Israel deixem Gaza antes da soltura dos sequestrados.

“Agora é o Hamas que está dizendo que aceitamos esse acordo, e acho que em grande parte eles estão dizendo isso e mudando de ideia porque os israelenses estão colocando uma pressão muito intensa sobre eles”, disse Witkoff à Fox, acrescentando que o presidente dos EUA também rejeita um acordo parcial: “Essa é a posição oficial, e essa é a posição oficial do presidente Trump. Acho que ele disse a si mesmo: ‘Você não precisa manter esses reféns’.”

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“Teremos uma negociação, se eles quiserem, sobre como será o dia seguinte em Gaza depois que tudo isso acabar e qual é a definição do Hamas, mas queremos veementemente que todos esses reféns voltem para casa”, continuou ele.

+ Governo Netanyahu ignora apelo de protestos e não discute cessar-fogo em reunião

Guerra será resolvida ‘de uma forma ou de outra’

Witkoff foi questionado se concordava que o Hamas tinha que ser “completamente destruído”, mas ele saiu pela tangente: “Essa não é uma decisão minha”. Ele voltou a defender um acordo amplo, afirmando: “É preciso que os reféns sejam mandados de volta para casa. Haveria um número proporcional de prisioneiros palestinos que também seriam mandados de volta (por Israel). Cada vez que vemos a libertação de um refém, vemos júbilo de ambos os lados”.

O enviado de Trump também alegou que “o Hamas entende que não pode ter nada a ver com o governo daqui para frente”, apesar do grupo ter reiterado inúmeras vezes que rejeita a exigência israelense de que seja desmilitarizado. Witkott disse que a guerra será resolvida “de uma forma ou de outra, certamente antes do final deste ano”.

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A Fox abordou a ofensiva de Israel à Cidade de Gaza, considerada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu um dos últimos redutos do Hamas. Críticos, contudo, apontam que Netanyahu usou o mesmo argumento para as operações contra Rafah, cidade superpovoada ao sul, no ano passado. Witkoff alegou, sem apresentar provas, que “os israelenses, quando anunciaram esta operação (para tomar a Cidade de Gaza), também anunciaram ao mesmo tempo que estavam financiando US$ 600 milhões em ajuda para Gaza”.

Não houve, no entanto, nenhum anúncio da administração Netanyahu nesse montante. Na semana passada, o gabinete aprovou US$ 473 milhões (mais de R$ 2,5 milhões) em ajuda humanitária para Faixa de Gaza, embora não esteja claro como o valor será alocado. A Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), um controverso grupo americano apoiado por Israel e pelos EUA, diz que não recebe fundos diretos do governo israelense.

Questionado se a Casa Branca aumentou a pressão sobre Netanyahu depois do ataque ao hospital Nasser de Khan Younis, que matou ao menos 20 pessoas, entre elas socorristas e cinco jornalistas, ele se restringiu a afirmar que “sempre que há mortes de civis, é uma tragédia”. Desde o início da guerra, em 7 de outubro, pelo menos 278 jornalistas foram mortos, dos quais 273 eram palestinos, 3 libaneses e 2 israelenses. Além disso, mais de 62 mil pessoas foram mortas em Gaza — 313 por fome, com 119 vítimas crianças.

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