Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Trump quer ‘endireitar acordos comerciais injustos´ na reunião do G7

Encontro do G7 é dominado pelo risco de guerra comercial entre os EUA e seus aliados, provocado pelas medidas protecionistas da Casa Branca

Por Da Redação
8 jun 2018, 17h08
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desembarcou ontem no Canadá para o encontro dos líderes do G7, com a pretensão de convencer seus parceiros a “endireitar acordos injustos” firmados na área do comércio internacional. Os conflitos comerciais desencadeados pela Casa Branca será o tema dominante nesse encontro anual das economias mais industrializadas do mundo.

    “Nós estamos lidando com práticas desleais de comércio. Se você olhar para o que o Canadá, o México, a União Europeia estão fazendo conosco por muitas, muitas décadas, nós temos que mudar isso. E eles compreendem que isso vai acontecer”, disse Trump.

    Confrontado com a hipótese de os demais líderes do G7 se alinharem contra a proposta de “endireitar os atuais acordos”, Trump disse que “acabará com o Nafta“, o tratado de livre comércio entre os Estados Unidos, Canadá e México.

    “Se formos incapazes de fechar um (novo) acordo, estaremos melhor. Agora, teremos de viver com os acordos do jeito que eles são. A União Europeia nos trata muito injustamente. Canadá, muito injustamente. Mexico, muito injustamente”, declarou, pouco antes de embarcar para o encontro do G7.

    O governo americano iniciou uma potencial guerra comercial com seus principais aliados ao impor tarifas de importação sobre o alumínio e o aço, ao abortar as negociações de um acordo de livre comércio com a União Europeia e ao empurrar a renegociação do Nafta a seus dois vizinhos. A China foi alvo de medidas ainda mais contundentes.

    Continua após a publicidade

    Trump ameaça ainda esses parceiros, em especial o México, com o aumento de tarifa de importação de veículos. Sua convicção de que os Estados Unidos são vítimas de políticas comerciais injustas está embasada no déficit americano no comércio com esses aliados.

    O conflito comercial causado pela adoção das tarifas sobre as importações de aço e alumínio gerou  risco de rompimento do G7 que, durante sua história de 43 anos, funcionou como um mecanismo diplomático para evitar e resolver atritos e para fomentar o consenso sobre questões sensíveis.

    Pouco interessado no multilateralismo, Trump deixará o encontro do G7 quatro horas antes de seu encerramento com a desculpa de viajar em seguida a Singapura para sua reunião com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

    Continua após a publicidade

    Ao sair mais cedo da cúpula no Canadá, o líder dos EUA perderá os debates sobre mudança climática e energias limpas – dois temas desprezados pela Casa Branca. Já terá partido quando o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e outros líderes iniciarem a entrevista coletiva à imprensa, para a qual são esperadas críticas à política comercial norte-americana.

    Autoridades canadenses admitiram que o clima durante o encontro do G7, em Charlevoix, estará excepcionalmente tenso. O Canadá e a União Europeia denunciaram à Organização Mundial do Comércio (OMC) as políticas de Trump por considerá-las ilegais e não descartam a aplicação de  medidas retaliatórias.

    “Haverá alguns desentendimentos sérios sobre muitas coisas”, disse uma autoridade canadense aos repórteres na noite de quinta-feira.

    Continua após a publicidade

    Na quinta-feira, o presidente da França, Emmanuel Macron, alertou Trump sobre a possibilidade de os outros seis membros do G7 formarem seu próprio grupo, acrescentando que “nenhum líder é para sempre”.

    Diante do Parlamento alemão, no último dia 6, a chanceler Angela Merkel afirmou prever “discussões tensas” sobre os conflitos comerciais durante o encontro do G7. “Eu vou com boa vontade”, prometeu.

    A primeira-ministra britânica, Theresa May, adotou um tom mais moderado, dizendo à imprensa uma posição moderada da União Europeia ao retaliar as tarifas norte-americanas. A reação, para May, deve ser proporcional e legal.

    (Com Reuters)

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.