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Trump recua e diz que não tem planos de ataque dos EUA dentro da Venezuela

Declaração ocorre em meio à crescente mobilização militar americana no Caribe e aumento de expectativas de possível ampliação das operações

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 out 2025, 15h17 - Publicado em 31 out 2025, 15h16

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta sexta-feira, 31, estar considerando ataques militares dentro do território da Venezuela — um recuo em relação às declarações da semana passada, quando havia indicado que “a terra seria o próximo alvo” na campanha contra supostos alvos do narcotráfico.

Questionado por jornalistas a bordo do Air Force One, o avião presidencial americano, se de fato avaliava ordens de ataque dentro da Venezuela, Trump negou. A resposta, porém, deixou dúvidas sobre se ele descartava completamente a hipótese ou apenas indicava que nenhuma decisão havia sido tomada até o momento.

+ Ataques dos EUA contra barcos na América Latina são ‘execuções extrajudiciais’, diz ONU

A declaração ocorre em meio à crescente mobilização militar americana no Caribe e ao aumento das expectativas de uma possível ampliação das operações na região. Até o momento, 15 embarcações — oito no Caribe e sete no Pacífico — foram alvos de ataques americanos, que deixaram mais de 50 mortos, em atos considerados como “execuções extrajudiciais” pela Organização das Nações Unidas.

Destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados foram despachados para a região, enquanto Trump intensifica o jogo de quem pisca primeiro com o governo venezuelano. Na semana passada, o republicano revelou que havia autorizado a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, aumentando as especulações em Caracas de que Washington quer derrubar o presidente Nicolás Maduro.

Fontes próximas à Casa Branca afirmam que o Pentágono apresentou a Trump diferentes opções, incluindo ataques a instalações militares venezuelanas — como pistas de pouso — sob a justificativa de vínculos entre setores das Forças Armadas e o narcotráfico.

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Os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do chefe do regime chavista. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também foi acusado por Trump de ser “líder do tráfico de drogas” e “bandido”. Em paralelo, intensificam-se os ataques a barcos na região. O último episódio ocorreu nesta terça-feira, 28, em águas internacionais no Pacífico.

Os incidentes geraram alarme entre alguns juristas e legisladores democratas, que denunciaram os casos como violações do direito internacional. Em contrapartida, Trump argumentou que os EUA já estão envolvidos em uma guerra com grupos narcoterroristas da Venezuela, o que torna os ataques legítimos. Autoridades do governo afirmaram ainda que disparos letais são necessários porque ações tradicionais para prender os tripulantes e apreender as cargas ilícitas falharam em conter o fluxo de narcóticos em direção ao país.

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+ EUA ampliam ação militar e fazem terceira missão com bombardeiros na costa da Venezuela

Dados das Nações Unidas enfraquecem o discurso americano. O Relatório Mundial sobre Drogas de 2025 indica que o fentanil — principal responsável pelas overdoses nos Estados Unidos — tem origem no México, e não na Venezuela, que praticamente não participa da produção ou do contrabando de fentanil para território americano.  O documento também aponta que as drogas mais usadas pelos americanos não têm origem na Venezuela — a cocaína, por exemplo, é consumida por cerca de 2% da população norte-americana e vem majoritariamente de Colômbia, Bolívia e Peru.

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Em meio aos ataques, militares do alto escalão envolvidos na ampliação das operações na América Latina precisaram assinar acordos de confidencialidade (NDAs, na sigla em inglês), informou a agência de notícias Reuters nesta semana. O documento de sigilo é altamente incomum, uma vez que os oficiais já são obrigadas a proteger segredos de segurança nacional.

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Três autoridades militares, sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto, disseram à Reuters que não há informações oficiais sobre o número de funcionários do Departamento de Guerra dos EUA — como o Departamento de Defesa foi renomeado pelo governo Trump — que foram convidados a assinar os NDAs, nem sobre qual é seu escopo.

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