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Trump sanciona maior pacote de estímulo da história dos EUA

Medidas beneficiam hospitais, empresas, desempregados e trabalhadores vulneráveis no momento em que país se torna epicentro da epidemia de coronavírus

Por Denise Chrispim Marin 27 mar 2020, 18h10
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou nesta sexta-feira, 27, o maior pacote de estímulo econômico da história americana, no valor de 2 trilhões de dólares logo depois da aprovacão do projeto de lei pela Câmara dos Deputados. O projeto tem como objetivo evitar a recessão no país, que registra maior número de novos casos de contágio do coronavírus, garantir meios de sustento para os cidadãos mais vulneráveis ao desemprego e manter o acesso de empresas às linhas de crédito.

“Quero agradecer aos democratas e republicanos por entrarem em acordo e colocarem a América em primeiro lugar”, afirmou o líder, ao referir-se ao seu lema de governo.

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A votação verbal na Câmara ocorreu depois de desmobilizada a tentativa de bloqueio do deputado republicano Thomas Massie. Considerado pelo líder democrata no Senado, Chuck Schumer, como o “Plano Marshall dos hospitais”, o pacote prevê a destinação de 100 bilhões de dólares às instituições médicas.

O pacote de estímulo inclui especialmente pagamentos diretos de 1.200 dólares a milhões de americanos, inclusive aos que recebem salários anuais acima de 75.000 dólares, com adicional de 500 dólares por criança. Também oferece uma ampla gama de benefícios para os trabalhadores dispensados, ao ampliar para 13 semanas o desembolso com o seguro desemprego, que cobrirá também autônomos e gigs.

Para as pequenas empresas, o pacote prevê 377 bilhões em garantia federal a empréstimos. Companhias afetadas diretamente pelo surto de coronavírus, como as empresas aéreas, terão acesso a uma linha de crédito governamental da ordem de 500 bilhões de dólares. O Tesouro americano, em paralelo, prepara a implementação das medidas para diminuir a pressão sobre as empresas e pessoas físicas neste momento de epidemia e crise econômica. À Fox Business, o secretário Steve Mnuchin afirmou que a Receita Federal americana está se mobilizando para efetuar os pagamentos diretos aos cidadãos.

Trump havia se irritado nos últimos dias com travas impostas por senadores de seu próprio partido, que acabaram superadas no plenário da Casa, e também com a demora na Câmara, onde também os republicanos criaram empecilhos. Os recursos são aprovados em um momento bastante crítico para os Estados Unidos, cujo governo demorou para atentar-se para a gravidade e a rapidez da disseminação do coronavírus.

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Na semana passada, 3,3 milhões de desempregados entraram na fila do seguro-desemprego – que, no país, é a fonte do indicador mensal, que será divulgado na primeira sexta-feira de abril. Os dados já antecipados levam economistas a considerarem a recessão como inevitável, apesar do impacto positivo do novo pacote. Nesta semana, os Estados Unidos se tornaram o país com maior registro de pessoas contaminadas do mundo, superando a China, a Itália e a Espanha, que até então eram os mais críticos. Há 97.226 casos confirmados de contaminação e 1.478 mortes, segundo os dados em tempo real coletados pela Johns Hopkins University, de Washington.

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