Trump vota na Flórida e afirma que apoiadores ‘não são violentos’
Ex-presidente e candidato republicano, ele tem colocado em xeque a confiabilidade do sistema eleitoral americano
Candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump chegou à zona eleitoral acompanhado da mulher, Melania, na tarde desta terça-feira, 5, em Palm Beach, na Flórida.
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Ele disse aos repórteres que está “muito honrado” com as longas filas verificadas em centros de votação da Flórida, estado onde o Partido Republicano costuma ter maioria. “Esta é a melhor campanha que já fizemos”, disse.
Seu vice, JD Vance, também já foi ao centro eleitoral, em Ohio, para depositar seu voto.
Do lado rival, a democrata Kamala Harris votou antecipadamente pelo correio, na Califórnia. Nesta terça decisiva, a vice-presidente americana convocou eleitores às urnas, disse que ‘cada voto conta’ e ignorou insultos. “Peço a todos que se lembrem de que, em nossa democracia, as pessoas decidem. Seu voto é seu poder”, afirmou a uma rádio de Pittsburgh.
O que disse Trump?
Ao falar com repórteres após votar, Trump adotou tom conciliatório. Diferente do que fez ao longo da campanha. “Quero atrair todo mundo, queremos ser muito inclusivos”.
Trump afirmou que se sente “muito confiante”, acrescentando que, ao que tudo indica, os republicanos “compareceram em peso”. “Ouvi dizer que estamos indo muito bem”, prosseguiu.
Questionado se ele dirá a seus apoiadores para não agirem com violência em caso de derrota, Trump rebateu.
“Eu não preciso dizer a eles isso. Claro que não haverá violência”, declarou.
“Meus apoiadores não são pessoas violentas. São pessoas que não acreditam em violência”.
“Eu certamente não quero nenhuma violência. E certamente não preciso dizer nada a essas pessoas”, concluiu.
O recado de Kamala
Enquanto isso, a candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, convocou eleitores às urnas nesta terça-feira, 5, após encerrar um comício na madrugada dizendo que “cada voto conta”. Durante uma outra entrevista a uma rádio em Pittsburgh, parte de uma maratona de conversas com veículos de imprensa nos estados-pêndulo, decisivos para os resultados, a democrata fez um último apelo à população.
“Peço a todos que se lembrem de que, em nossa democracia, as pessoas decidem. Seu voto é seu poder”, declarou.
No evento eleitoral na Pensilvânia um dia antes, ela disse que esta é a hora de “virar a página” após anos de intensa polarização no país.
“Estas podem ser umas das eleições mais acirradas da história”, disse ela pouco antes da abertura das urnas. “Temos a oportunidade eleições de finalmente virar a página após uma década de política guiada pelo medo e pela divisão. Estamos cansados.”
A democrata ecoou a fala durante entrevista a uma rádio em Atlanta na manhã desta terça-feira (capital da Geórgia, outro estado-pêndulo), afirmando que não vai se distrair com insultos proferidos por seus oponentes e que os americanos estão cansados desse tipo de retórica violenta.
“É realmente humilhante para eles. Não vou me distrair com esse barulho”, disse a vice-presidente, um dia depois de J.D. Vance, candidato à vice-presidência do Partido Republicano, chamar a adversária de “lixo”.