A crescente troca de ofensas entre o presidente americano Donald Trump e o ditador norte-coreano Kim Jong-un foi comparada na semana passada a uma “briga de crianças no jardim de infância” pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. A analogia teria sua graça não fosse o risco de o imaturo embate acabar em uma guerra nuclear.
Enquanto Trump abusa do Twitter para atacar o rival da Coreia do Norte, Kim aproveita a imprensa estatal para mandar seus recados ao presidente dos Estados Unidos. Os insultos dos dois lados são acompanhados de novas ameaças, sanções, demonstrações de poderio militar, lançamentos de mísseis balísticos e testes nucleares. A escalada retórica chegou a tal ponto que, na segunda-feira, Pyongyang disse que os recentes comentários de Trump equivaliam a uma declaração de guerra, obrigando a Casa Branca a negar a afirmação.
Nesta quinta, o bate-boca entre as duas potências atingiu um novo patamar de deselegância e falta de diplomacia, para dizer o mínimo, com Kim, por meio de sua agência de notícias, chamando Trump de “velho lunático”.