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Turquia decide libertar pastor americano Andrew Brunson

Detenção de religioso foi um dos motivos que levaram à piora das relações entre Ancara e Washington nos últimos anos

Por Da Redação
12 out 2018, 12h04
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  • Um tribunal da Turquia decidiu libertar nesta sexta-feira (12) o pastor evangélico americano Andrew Brunson, que está no centro de uma amarga disputa diplomática entre Ancara e Washington.

    Brunson foi condenado a três anos e meio de prisão por ajudar grupos terroristas na Turquia, mas como já havia cumprido o tempo de pena enquanto aguardava seu julgamento final, será libertado e poderá voltar aos Estados Unidos. Atualmente, o pastor estava em prisão domiciliar.

    O presidente Donald Trump comemorou a decisão. “Meus pensamentos e orações estão com o pastor Brunson, e esperamos tê-lo em segurança de volta para casa em breve”, escreveu no Twitter.

    O caso

    Brunson estava preso na Turquia desde outubro de 2016, quando foi acusado de ligações com militantes curdos e partidários do clérigo Fethullah Gülen. Ancara considera o religioso o grande mentor de uma tentativa fracassada de golpe contra o governo de Recep Erdogan em 2016.

    Gülen, de 72 anos, é ex-aliado de Edogan e vive desde 1999 na Pensilvânia, nos Estados Unidos, de onde coordena seu movimento social e religioso. A Turquia já pediu em diversas ocasiões sua extradição e usava a prisão de Brunson como moeda de troca para levá-lo de volta ao seu país.

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    O pastor americano sempre negou as acusações, enquanto Washington exigia sua libertação imediata.

    Tensão diplomática

    O caso contra Brunson foi um dos motivos que levou a um aumento na tensão diplomática entre os Estados Unidos e a Turquia. Sua prisão acarretou, inclusive, na imposição de sanções americanas contra Ancara.

    A libertação do pastor, contudo, deve auxiliar na melhora das relações.

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    Em setembro, Trump e Erdogan se reuniram brevemente nos bastidores da Assembleia-Geral das Nações Unidas. Este foi o primeiro encontro entre os dois líderes desde que os laços diplomáticos ficaram comprometidos.

    Pouco depois da reunião, o presidente turco disse à imprensa que acreditava que os dois países provavelmente resistiriam à tempestade política.

    (Com Reuters)

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