Ucrânia ataca Rússia e provoca megaexplosão em base de bombardeiros nucleares
Operação de Kiev causou um incêndio por 700 quilômetros nas linhas de frente da guerra; Ao menos 10 pessoas ficaram feridas
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20 mar 2025, 14h30
A Ucrânia lançou um ataque de drones contra campo de aviação estratégico na Rússia, causando uma megaexplosão, nesta quinta-feira, 20. A operação de Kiev provocou um incêndio por 700 quilômetros nas linhas de frente da guerra, que completou três anos no mês passado. Ao menos 10 pessoas ficaram feridas, de acordo com autoridades locais.
Localizada em Engels, no Oblast de Saratov, a base abriga bombas Tupolev Tu-160, com capacidade nuclear, conhecidas como Cisnes Brancos. Sem citar nominalmente o terminal de Engels, o governador de Saratov, Roman Busargin anunciou que o ataque ucraniano incendiou um campo de aviação da cidade, acrescentando que moradores dos arredores foram retirados de suas casas por prevenção.
✈️Engels – somewhere in the swamps of Russia. A military airbase.
The air smells of spring🌷UAVs strike an ammunition storage site at the airfield.
🌅Sunrise. pic.twitter.com/n5fv9f4BLl
— Maria Drutska 🇺🇦 (@maria_drutska) March 20, 2025
Apesar dos estragos, o Ministério da Defesa russo disse que conseguiu abater 132 drones ucranianos – que seriam dos modelos PD-2 e Liutyi, de acordo com o canal Shot Telegram – no espaço aéreo do país. O Ministério ucraniano, por sua vez, afirmou que o campo de aviação foi alvejado e que detonações secundárias de munição foram acionadas. Segundo Kiev, Moscou usou a base de Engels para atacar a Ucrânia.
The largest attack on russian military airfield #Engels – 2 which hosts russian strategic bombers that attack Ukraine. pic.twitter.com/3EPJxZGIPQ
— Ukraine Front Line (@EuromaidanPR) March 20, 2025
Não é a primeira vez, no entanto, que a Ucrânia mira na base aérea em Engles. Em 2022, primeiro ano do conflito, o país atacou o local. Em janeiro deste ano, alegou ter atingido um depósito de petróleo que atendia a base. Na ocasião, um grande incêndio se espalhou pela região, levando cinco dias para ser apagado.
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Negociações de paz
Na véspera, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que teve uma “conversa positiva, muito substantiva e franca” com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em telefonema de uma hora, os líderes trataram sobre as negociações de paz para a guerra. A declaração otimista contrasta, e muito, com a tensa reunião na Casa Branca, no fim de fevereiro, quando ambos bateram boca, com o republicano acusando o ucraniano de flertar com a Terceira Guerra Mundial.
O líder ucraniano também afirmou que “junto com a América, com o presidente Trump e sob a liderança americana, uma paz duradoura pode ser alcançada neste ano”. Ele informou que Trump “compartilhou detalhes de sua conversa com Putin e as principais questões discutidas” e que “um dos primeiros passos para o fim total da guerra pode ser o fim dos ataques à energia e outras infraestruturas civis”.
Um dia antes, o presidente russo, Vladimir Putin, concordou com uma trégua parcial de 30 dias na Ucrânia após uma ligação com o republicano. Segundo o governo dos EUA, a negociação prevê um cessar-fogo marítimo e, depois disso, uma trégua total e paz permanente. A pausa nas hostilidades colocará, caso seja oficialmente implementada, a infraestrutura e a rede energética ucranianas fora dos limites de bombardeios por um mês. No entanto, poucas horas após o anúncio, a Rússia lançou ataques contra o vizinho.
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