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Ucrânia enviará delegação aos EUA para ‘alinhar’ termos de acordo de minerais

Território ucraniano tem depósitos de 22 dos 34 minerais identificados pela União Europeia como 'críticos'

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 abr 2025, 11h09

A Ucrânia enviará uma delegação a Washington, capital dos Estados Unidos, para “avançar” com as negociações sobre um acordo de minerais com o governo americano, anunciou a vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, nesta segunda-feira, 7. No X, antigo Twitter, ela afirmou que “esse diálogo reflete os interesses estratégicos de ambas as nações e nosso compromisso compartilhado de construir uma parceria forte e transparente”.

“A delegação incluirá representantes dos Ministérios da Economia, Relações Exteriores, Justiça e Finanças”, escreveu Svyrydenko. “Nosso objetivo é alinhar a seleção de projetos, estruturas legais e mecanismos de investimento de longo prazo.”

Com o retorno à Casa Branca, em 20 de janeiro, Donald Trump passou a cobrar algum tipo de compensação pelos US$ 190 bilhões (em sua conta seriam mais de US$ 500 bilhões) destinados a fortalecer as tropas ucranianas no campo de batalha. Um dos caminhos para a restituição, segundo o republicano, seria firmar um acordo de minerais com Kiev, cujo subsolo é repleto de terras-raras.

No final de março, Washington apresentou a Kiev um rascunho significativamente mais amplo do que a versão acordada. As autoridades ucranianas têm sido cautelosas ao comentar sobre o documento, no qual os EUA supostamente estavam exigiam toda a renda dos recursos naturais da Ucrânia. Pressionado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que não concordará com um acordo que ameace a futura adesão do país à União Europeia (UE).

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O que está em jogo

A Ucrânia tem depósitos de 22 dos 34 minerais identificados pela União Europeia como “críticos”, de acordo com dados ucranianos. Entre os minerais críticos em solo ucraniano estão o itérbio e o lantânio. O primeiro é usado em lasers infravermelhos, reações químicas, baterias recarregáveis ​​e fibras ópticas, ao passo que o segundo está presente em baterias, vidros especiais e no refino de petróleo.

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O país também conta com depósitos de titânio, usado em dispositivos aeroespaciais, marítimos e médicos; lítio, vital para baterias; urânio, empregado para energia nuclear, equipamentos médicos e armas; além de grafite e manganês, utilizados ​​em baterias de veículos elétricos. As reservas de grafite na Ucrânia representam 20% dos recursos globais.

A princípio, os Estados Unidos e a Ucrânia estabeleceriam um Fundo de Investimento de Reconstrução para coletar e reinvestir receitas de fontes ucranianas, incluindo minerais, hidrocarbonetos e outros materiais extraíveis. Kiev contribuiria para o fundo com 50% da receita, subtraindo despesas operacionais, até que as contribuições atinjam a soma de US$ 500 bilhões. Washington, por sua vez, estabeleceria um compromisso financeiro de longo prazo para o desenvolvimento de uma “Ucrânia estável e economicamente próspera”.

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