O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) invadiu as redações de dois veículos de imprensa russos nesta terça-feira (15), a rede de televisão RT e a agência de notícias Ria Novosti, onde executou operações de busca e apreensão. Um jornalista foi detido.
“As batidas continuam na Ria Novosti e em outros veículos”. Dentre eles, a rede de televisão RT (ex-Russia Today) que, segundo a porta-voz do SBU, Olena Guitlianska, está “proibida na Ucrânia”. O jornalista ucraniano Kirilo Vischinski, da Ria Novosti, foi preso pela manhã em sua residência, acusado de conduzir “atividades antiucranianas“.
“As forças da ordem” consideraram que esses veículos “eram usados pelo país do agressor [Rússia] em sua guerra híbrida contra a Ucrânia”, acrescentou o SBU em sua página no Facebook.
Segundo o Serviço de Segurança, as redações da Ria Novosti e da RT estão localizadas no mesmo prédio, no centro de Kiev.
O governo da Rússia reagiu com indignação. “Essas ações são absolutamente revoltantes e escandalosas”, reagiu o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, pedindo “uma reação severa e intransigente” das organizações internacionais sobre a ação ucraniana e advertindo sobre futuras “medidas de reciprocidade”.
A redação da Ria Novosti na Ucrânia conta com cerca de 15 jornalistas, uma parte dos quais está encarregada de transmitir informações para sua sede, em Moscou. Os demais, dirigidos por Vishinski, ocupam do portal na internet rian.com.ua, destinado ao público ucraniano. O portal continua a funcionar, mas com a notícia em destaque da invasão policial.
(Com AFP)