Ucrânia lança ataques contra principal terminal de petróleo da Crimeia
Ataque ocorre um dia após presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmar que conflito entrou em "uma fase muito importante"
O Exército da Ucrânia disse ter atingido nesta segunda-feira, 7, um grande terminal de petróleo na Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014, uma das principais fontes de combustível para Moscou. O ataque ocorre um dia após o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmar que o conflito entrou em “uma fase muito importante”, já que os “ucranianos provaram que podem empurrar a guerra de volta para a Rússia”.
Sem dar mais detalhes, autoridades russas relataram um incêndio no local à agência de notícias Associated Press. A operação contra o terminal de petróleo na cidade de Feodosia teve como objetivo “minar o potencial militar e econômico da Federação Russa”, uma estratégia que tem guiado ataques de Kiev numa tentativa de exaurir as unidades russas na linha de frente, como em Donetsk.
A cidade faz parte de uma das quatro regiões anexadas pela Rússia, além de Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson. Por lá, tropas ucranianas estão sobrecarregadas após dois anos de confrontos. No domingo, Zelensky afirmou que é preciso “pressionar a Rússia da maneira necessária para que a Rússia perceba que a guerra não lhes trará nada” e renovou os apelos à comunidade internacional.
“Os ucranianos provaram que podem empurrar a guerra para a Rússia. E com apoio suficiente de nossos parceiros, seremos capazes de pressionar a Rússia da maneira necessária para que a Rússia perceba que a guerra não lhes renderá nada”, frisou ele em um vídeo publicado nas redes sociais.
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Ataques na Ucrânia
Em meio à pressão de Kiev, a Rússia lançou seis mísseis e drones Shahed contra a Ucrânia. Escombros dos foguetes caíram em três distritos de Kiev, destruindo infraestruturas pela cidade. Entre os locais atingidos, está um jardim de infância. Não há registro de feridos, disse o prefeito Vitalii Klitschko. A capital ucraniana teria sido, ainda, alvo de dois mísseis hipersônicos Kinzhal que foram abatidos.
“Apesar de estar ficando mais difícil, apesar das melhorias (da Rússia) e do uso de novas táticas, hoje tivemos dois abates”, disse o chefe interino do Departamento de Comunicações da Força Aérea da Ucrânia, Yurii Ihnat.