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Ucrânia pede ajuda do Brasil para persuadir Putin a negociar com Zelensky

Chanceler ucraniano disse ter falado com seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira; Kiev e Moscou anunciaram 'conversa direta', mas líder russo não confirmou

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2025, 13h46 - Publicado em 13 Maio 2025, 13h44

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, afirmou nesta terça-feira, 13, que pediu a ajuda do Brasil para certificar que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, compareça a um encontro marcado para negociações com seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, nesta quinta-feira na Turquia. Kiev e Moscou anunciaram no final de semana que haveria “conversas diretas” entre os líderes, mas o Kremlin não confirmou a presença do russo.

Sybiha afirmou em postagem no X, antigo Twitter, que falou por telefone com Mauro Vieira, o chanceler do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para fazer o pedido.

“Reafirmei a disponibilidade do presidente Zelensky para se reunir com Putin na Turquia e instei o Brasil a usar a sua voz competente no diálogo com a Rússia para que este encontro direto ao mais alto nível aconteça”, afirmou o ministro ucraniano.

Ele também disse ter insistido junto a Vieira para que o Brasil apoie “um cessar-fogo incondicional de trinta dias como base para negociações de paz eficazes”.

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Lula esteve na Rússia na semana passada para participar das celebrações dos oitenta anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na II Guerra Mundial. Putin aproveitou a ocasião para dar uma demonstração de que não está isolado — armou uma grandiosa cerimônia para receber líderes de toda parte, também entre eles o chinês Xi Jinping, que recebeu o brasileiro para uma visita de Estado nesta semana.

+ Ele é que manda: como Putin dá as cartas na guerra da Ucrânia

Por ocasião da passagem de Lula por Pequim, Brasil e China emitiram nesta terça uma declaração conjunta sobre “a crise na Ucrânia”. Os países afirmaram acolherem a proposta de negociações diretas – que foi feita por Putin no último sábado 10 – e pediram que o diálogo se inicie “no menor prazo possível”. Segundo o comunicado, essa seria “a única forma de pôr fim ao conflito”. Além de defenderem um “acordo de paz duradouro e justo, que seja vinculante para todas as partes no final”, nada falaram a respeito de uma trégua ou cessar-fogo.

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Desde 2023, Lula vem propondo intermediar um diálogo de paz entre a Ucrânia e a Rússia, que estão em guerra desde que as forças de Moscou invadiram e começaram a bombardear o país vizinho, em fevereiro de 2022. Mas a mediação do Brasil perdeu força após o presidente brasileiro travar embates públicos com Zelensky – já disse, por exemplo, que, se o líder ucraniano fosse “esperto”, diria que a solução para a guerra com a Rússia é diplomática, e não militar.

Negociações diretas

Putin propôs no sábado 10 a realização de “conversas diretas” com a Ucrânia em busca de um acordo de paz para a guerra. O governante defendeu que as negociações aconteçam nesta semana, a partir do dia 15 de maio, quinta-feira, e acrescentou ter combinado tudo com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, para possibilitar que o proposto encontro entre representantes da Rússia e da Ucrânia aconteça em Istambul.

As declarações do presidente russo acontecem em meio à pressão de líderes europeus por um cessar-fogo. O grupo formado por Ucrânia, Reino Unido, Alemanha, França e Polônia definiu uma trégua incondicional de trinta dias a partir de segunda e fez um ultimato: ameaçou a Rússia com novas sanções caso a pausa no conflito não seja respeitada. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reagiu à manifestação dos líderes europeus afirmando que a Rússia iria “refletir” sobre a proposta, mas que era “inútil” tentar pressionar Moscou.

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A proposta de Putin foi feita em um pronunciamento, direto do Kremlin, transmitido pela TV russa. “Nós buscamos conversas sérias para remover as origens das causas do conflito e seguir em frente por uma paz forte e duradoura”, afirmou. “Nós estamos propondo a Kiev retomar negociações diretas, sem pré-condições”, disse Putin. “Nós oferecemos às autoridades de Kiev a retomada das negociações já nesta quinta, em Istambul.”

O presidente russo acrescentou que não descarta que, durante essas conversas, Rússia e Ucrânia possam concordar com “novos cessar-fogos, uma nova trégua”.

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