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Ucrânia pode perder apoio europeu devido à crise energética, diz Alemanha

À medida que os custos de energia da Europa disparam, apoio do público pode deteriorar; enquanto isso, Rússia está queimando seu gás natural em excesso

Por Amanda Péchy
26 ago 2022, 09h06
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  • O embaixador da Alemanha no Reino Unido, Miguel Berger, reconheceu nesta sexta-feira, 26, que existe o risco de que o apoio público à Ucrânia diminua durante o inverno do hemisfério sul, à medida que a crise de energia se intensifica.

    “A maneira como Putin está usando o gás como arma e pressionando nossas sociedades – ele quer testar nossa determinação”, disse Berger, acrescentando que o apoio público dependerá dos pacotes de auxílio oferecido pelos governos à população.

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    Ele disse que o governo alemão começou cedo, dando subsídios a empresas, pagamentos diretos às famílias e organizando discussões com sindicatos e empregadores. Mas ele reconheceu que “há um risco” de que o apoio diminua.

    Berger disse ainda que alemães precisam começar a economizar energia agora para se preparar para a escassez de gás durante o inverno.

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    A Alemanha é um dos países que mais dependem da energia da Rússia – cerca de 40% de sua matriz energética corresponde ao gás natural russo. O país foi duramente criticado por estabelecer relações comerciais de tanta dependência com uma nação turbulenta, criando um problemão durante o contexto da guerra na Ucrânia.

    + Sanções a Putin deixam a desejar, e Rússia ainda fatura alto com petróleo

    Em uma entrevista no Reino Unido, Berger foi questionado sobre se é sensato estabelecer novos acordos energéticos com “líderes autocráticos”. “Não há outra opção senão procurar [energia em] outro lugar”, ele respondeu, acrescentando que é preciso acelerar a transição energética, embora no curto prazo a Alemanha esteja considerando reativar usinas de carvão mineral.

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    “Mas não há como evitar, metade do nosso aquecimento na Alemanha é a gás. E a melhor maneira de ter gás para o inverno é começar a economizá-lo o mais cedo possível”, afirmou.

    Também nesta sexta-feira, a emissora britânica BBC News revelou que, à medida que os custos de energia da Europa disparam, a Rússia está queimando seu gás natural em excesso. De acordo com um relatório da Rystad Energy, uma usina perto da fronteira com a Finlândia está queimando cerca de US$ 10 milhões em gás todos os dias.

    Especialistas dizem que esse gás teria sido exportado para a Alemanha, ao que Berger afirmou que a Rússia estava queimando o gás porque não podia vendê-lo em outro lugar”.

    Cientistas estão preocupados com os grandes volumes de dióxido de carbono e fuligem que está criando, o que poderia exacerbar o derretimento do gelo do Ártico. A análise da Rystad Energy indica que cerca de 4,34 milhões de metros cúbicos de gás estão sendo queimados todos os dias.

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