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Ucrânia recebe enviado de Trump, que reposiciona EUA após desencanto com Putin

Presidente americano perde paciência com líder russo e deve anunciar plano para armar Kiev, enquanto Congresso discute sanções a Moscou

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 jul 2025, 08h35 - Publicado em 14 jul 2025, 08h28

O enviado do presidente Donald Trump, Keith Kellogg, visitou a Ucrânia nesta segunda-feira, 14, para conversas sobre garantias de segurança e sanções dos Estados Unidos contra a Rússia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se reuniu com ele na capital. A viagem ocorre depois de Washington ter dado um giro de 180 graus e anunciado que, dias após uma suspensão total de remessas de armas para seu aliado, enviaria mísseis de defesa aérea Patriot para Kiev.

“Tivemos uma conversa produtiva”, escreveu Zelensky no X (antigo Twitter). “Discutimos o caminho para a paz e o que podemos fazer juntos, na prática, para deixar esse horizonte mais próximo. Isso inclui o reforço da defesa aérea da Ucrânia, a produção conjunta e a aquisição de armas de defesa em colaboração com a Europa. E, claro, sanções contra a Rússia e seus aliados.”

E completou: “Esperamos que os Estados Unidos tomem a dianteira, pois é evidente que Moscovo não se deterá a não ser que as suas ambições irracionais sejam contidas pela força.”

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Numa mudança drástica em relação à sua postura anterior perante as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, Trump também deve anunciar um novo plano para armar o Exército ucraniano com equipamentos ofensivos (não apenas defensivos), segundo o portal de notícias americano Axios. Na noite de domingo, bem ao seu estilo, o presidente afirmou que faria “uma importante declaração” sobre a Rússia nesta segunda-feira (e, sem dar detalhes, garantiu que Kiev pagaria por cada centavo de auxílio militar).

“Vamos enviar Patriots, de que precisam desesperadamente, porque (Vladimir) Putin realmente surpreendeu muita gente. Fala bonito e depois bombardeia toda a gente à noite”, disse ele a repórteres na Base Conjunta Andrews, nos arredores de Washington, no domingo. “Basicamente, vamos enviar aos (ucranianos) várias peças militares muito sofisticadas e eles vão nos pagar 100% por elas”, completou, acrescentando que seria um bom “negócio para nós”.

Em paralelo, congressistas americanos estão trabalhando num projeto de lei bipartidário que imporia sanções severas à Rússia. O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, visita Washington nesta segunda-feira, e se espera que participe de negociações com os legisladores.

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As medidas mais pró-Ucrânia do que quaisquer vistas durante os quase seis meses de Trump 2.0 contrastam fortemente com a aproximação do Kremlin que o chefe da Casa Branca orquestrava até então.

A mudança veio pouco depois do líder americano ter aparentemente perdido a paciência com seu homólogo russo, Vladimir Putin, acusando-o de dizer “asneiras”, em meio à ausência de avanços concretos nas negociações de paz lideradas pelos Estados Unidos. Numa conversa por telefone, o russo afirmou que Moscou não recuará em nenhum de seus objetivos (em especial a anexação de território ucraniano).

A Alemanha se ofereceu para pagar pelos sistemas de defesa Patriot para a Ucrânia. O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, deve visitar Washington para tratativas com o secretário da Defesa, Pete Hegseth. Trump também vai se reunir com Rutte, da Otan, nesta semana para discutir a Ucrânia, entre outros assuntos.

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