UE aprova novas sanções contra Irã por venda de drones à Rússia
Membros do bloco concordaram em bloquear ativos financeiros de fabricantes das aeronaves, supostamente usadas em ataques na Ucrânia
Os membros da União Europeia concordaram na quarta-feira, 19, em aplicar novas sanções contra o Irã. A decisão ocorre após o bloco acusar o uso de drones iranianos em ataques na Ucrânia.
O presidente do Conselho europeu, Mikulas Bek, informou em uma publicação no Twitter que as medidas entrarão em vigor já nesta quinta-feira, 20.
“Os membros da UE decidiram congelar os ativos de três indivíduos e uma entidade responsável pelas entregas de drones”, escreveu o representante da República Tcheca na UE.
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De acordo com Bek, o bloco também está planejando estender as punições a mais quatro empresas iranianas ligadas ao fornecimento de armas à Moscou.
Na quarta -feira, 19, a porta-voz da UE, Nabila Massrali, disse que a organização tinha “evidências suficientes” para sancionar o Irã em relação ao fornecimento de drones à Rússia, que teriam sido usados contra a Ucrânia.
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No início desta semana, o Ministério da Defesa Ucraniano disse que um total de 37 drones iranianos Shahed-136 e três mísseis de cruzeiro lançados pela Rússia foram abatidos durante a noite no domingo, 16, e na segunda-feira, 18.
Os modelos Shahed-136, apelidados de “drones kamikaze”, apareceram pela primeira vez na guerra em setembro e são mais bem pensados como pequeno mísseis de cruzeiro com uma capacidade destrutiva relativamente limitada, dada sua carga útil de 50 kg.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que a Rússia comprou 2.400 de dispositivos do tipo – um número alto, mas que está se esgotando rapidamente. A questão foi sinalizada pela primeira vez em agosto, quando Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, alegou que autoridades de defesa russas estavam comprando drones no Irã.