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UE chega a acordo sobre resposta econômica comum ao coronavírus

Os 27 países-membros do bloco voltaram a descartar ideia de mecanismo de solidariedade de emissão comum de títulos da dívida

Por Da Redação
Atualizado em 10 abr 2020, 09h49 - Publicado em 10 abr 2020, 09h36
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  • Os ministros das Finanças dos países-membros da União Europeia (UE) chegaram nesta quinta-feira 9 a um acordo para um plano de ajuda no valor de 540 bilhões de euros para enfrentar as consequências da pandemia do novo coronavírus, após superadas as objeções da Holanda.

    “A Europa tomou uma decisão e está pronta para enfrentar a gravidade da crise”, tuitou o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, após o encontro, que, segundo o porta-voz do presidente do Eurogrupo, “acabou com aplausos dos ministros”. Esse meio trilhão de euros estará disponível “imediatamente”, explicou Le Maire, isto é, sem condições.

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    A Alemanha, potência da UE, assim como a França, colocam os pés no chão para acabar com a oposição da Holanda sobre a fixação de condições econômicas ao crédito de emergência para governos que enfrentam os impactos da pandemia e após garantias para a Itália de que o bloco mostraria solidariedade.

    A Itália, o país europeu mais afetado pela pandemia, com mais de 18.000 mortos, também celebrou o acordo por meio de seu ministro da Economia, Roberto Gualtieri. Ele elogiou em um tuíte “uma proposta ambiciosa”, acrescentando que seu país “lutaria para que ela se concretizasse”.

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    Dívida comum

    No entanto, os 27 países-membros do bloco voltaram a descartar a ideia de uma missão de dívida comum, como queriam Espanha e Itália. O acordo apenas questiona os líderes nacionais da UE se “instrumentos financeiros inovadores” devem ser usados.

    Os países mais afetados pelo vírus pedem a criação de um fundo de recuperação que possa ser financiado pela dívida comum, na forma de eurobonds, chamados também de “coronabonds”. Entre esses países também está a França, assim como Grécia, Malta, Luxemburgo ou Irlanda, segundo fontes concordantes.

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    No entanto, o agrupamento de dívidas constitui uma “linha vermelha” para Berlim e Haia, que se recusam a adotar uma abordagem comum com os Estados do Sul, altamente endividados e criticados por sua gestão de assuntos financeiros.

    O texto final menciona um fundo de estímulo cujos “aspectos jurídicos e práticos”, em particular o financiamento, ainda terão que ser definidos.

    (Com AFP)

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