Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

UE deixa de reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela

Juan Guaidó autodeclarou-se líder do país em 2019, alegando fraude na eleição de Maduro; chavistas retomaram controle do Parlamento em 2020

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 14h38 - Publicado em 6 jan 2021, 14h34
  • Seguir materia Seguindo materia
  • (FILES) In this file photo taken on February 18, 2020 Venezuelan opposition leader and self-proclaimed acting president Juan Guaido gestures during a plenary session of the National Assembly at the San Antonio municipal theatre in San Antonio de Los Altos south of Caracas. - A new Venezuelan parliament will be sworn in on January 5, 2021 with the party of President Nicolas Maduro now in almost complete control and the main thorn in his side, Western-backed opposition leader Juan Guaido, out in the political cold. (Photo by Federico PARRA / AFP)
    Juan Guaidó - 18/02/2020 (Federico Parra/AFP)

    A União Europeia anunciou nesta quarta-feira, 6, que deixou de reconhecer Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, apesar de “lamentar profundamente” que os chavistas tenham assumido o controle da Assembleia Nacional após cinco anos de domínio da oposição. O posicionamento europeu é mais um golpe nas tentativas de Guaidó tomar o lugar do atual governante do país, Nicolás Maduro.

    Em comunicado, o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borell, referiu-se ao líder da oposição como “um dos atores políticos” que estão tentando trazer a democracia de volta à Venezuela, deixando de lado os títulos de presidente interino ou líder do Parlamento. Posteriormente, um diplomata da União Europeia confirmou ao jornal britânico Financial Times que o bloco não o reconhece mais como tal.

    Mesmo assim, Borrell lamentou que os chavistas tenham assumido o controle do Legislativo, dizendo que as eleições – marcadas pelo boicote da maioria da oposição e por um alto nível de abstenção – não foram democráticas e “falharam em respeitar os padrões internacionais”. O novo Parlamento tomou posse na terça-feira 5 e seu presidente, Jorge Rodríguez, já declarou que vai “exorcizar” a Assembleia.

    O Parlamento de Guaidó, que alega que as votações de dezembro foram “uma farsa” e reivindica sua “continuidade”, agradeceu o “apoio de Borrell pela causa da liberdade”.

    “A União Europeia, através de seu Alto Representante, rejeitou a fraude eleitoral perpetrada pela ditadura e não considera que seu resultado seja representativo da vontade democrática do povo venezuelano”, comunicou em nota.

    Continua após a publicidade

    De fato, Borrell pediu “às autoridades venezuelanas e líderes” para “se unirem para iniciar um processo de transição conduzido por venezuelanos, para encontrar uma solução pacífica, inclusiva e sustentável para a crise política”.

    A União Europeia chegou a enviar uma missão a Caracas para pedir o adiamento das eleições legislativas, visando implementar uma missão de observação eleitoral, e agora se diz “pronta para tomar medidas adicionais” necessárias.

    Além disso, o bloco considera o Parlamento liderado por Guaidó, eleito em 2015, como “a última expressão livre dos venezuelanos em um processo eleitoral”. Era nesse pleito que se baseava o reconhecimento a Guaidó como presidente da Assembleia Nacional. Nesta posição, ele declarou-se interino no início de 2019, dizendo que a reeleição de Maduro um ano antes foi fraudulenta.

    Na terça-feira, porém, com a posse dos novos deputados – ainda que a eleição seja contestada –, o opositor perdeu a base legal para se declarar líder interino do país.

    Continua após a publicidade

    Guaidó chegou a ser reconhecido como presidente interino por quase 60 países, entre eles Brasil, Estados Unidos e a maioria dos Estados-membros da União Europeia. Tachando Maduro de “ditador”, alguns chegaram a permitir que ele nomeasse embaixadores, ocupando instalações diplomáticas da Venezuela. Mas o opositor nunca assumiu de fato o poder no país, que segue nas mãos de Maduro e seus aliados chavistas.

    A troca do poder da última instituição do país que não era controlada pelos chavistas representa uma consolidação do alcance de Maduro. A oposição terá um comitê para enfrentar a Assembleia Nacional após cinco anos de luta para enfraquecer o líder venezuelano, mas a mudança no comando do congresso coloca um fim simbólico a essa disputa.

    (Com AFP)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    2 meses por 8,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.