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UE prorroga sanções contra Venezuela por um ano

Bloco denuncia violação de direitos humanos e comprometimento da democracia pelo regime de Nicolás Maduro

Por Da Redação
Atualizado em 6 nov 2018, 17h32 - Publicado em 6 nov 2018, 12h13
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  • A União Europeia (UE) prorrogou até novembro de 2019 as sanções impostas contra a Venezuela. O bloco acusou o país nesta terça-feira, 6, de violar os direitos humanos e comprometer a democracia e o Estado de Direito sob o comando do presidente Nicolás Maduro.

    O UE impôs um embargo contra a Venezuela proibindo viagens, a venda de armas e de “equipamento para repressão interna”, e congelando os bens de dezoito autoridades do país.

    “Tendo em vista a contínua deterioração da situação na Venezuela, o Conselho [da UE] decidiu renovar as medidas restritivas atualmente em vigor até 14 de novembro de 2019”, anunciou a instituição que representa os países do bloco.

    Os países confirmam assim as palavras da chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, que dias atrás reiterou que o bloco não pretende “suavizar sua posição”, apesar de estudar a criação de um “grupo de contato para facilitar” uma solução política para a crise que atinge a Venezuela.

    Em 13 de novembro de 2017, o bloco adotou seu regime geral de sanções contra o país latino-americano e impôs um primeiro embargo de armas, bem como de material que poderia ser usado para a repressão interna.

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    A eleição de uma Assembleia Constituinte, que não é reconhecida nem pela oposição venezuelana, nem pela comunidade internacional, foi o ponto de virada para a UE, juntamente com os quatro meses de protestos entre abril e julho de 2017 que deixaram cerca de 125 mortos.

    Diante da deterioração da situação no país, em 22 de janeiro, os europeus decidiram sancionar sete autoridades do primeiro escalão, incluindo Diosdado Cabello, número 2 do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

    A UE impôs a Cabello o congelamento de bens e a proibição de viajar para o bloco, assim como o restante dos sancionados, como o ministro do Interior, os presidentes do poder eleitoral e do Supremo Tribunal de Justiça, entre outros.

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    Após as eleições presidenciais de 20 de maio, em que Maduro foi reeleito, mas que foram boicotadas pelos principais partidos da oposição, os europeus ampliaram sua ‘lista negra’ para outros onze altos funcionários, incluindo Delcy Rodríguez.

    A inclusão da vice-presidente representa a posição mais alta sancionada por uma UE que evita punir diretamente o presidente venezuelano para não quebrar as pontes de comunicação com o governo deste país, mergulhado em uma crise profunda.

    Cerca de 1,9 milhão de pessoas deixaram a Venezuela desde 2015, fugindo da crise econômica e política que o país atravessa, segundo a ONU. Cerca de 5.000 cidadãos deixam o país diariamente, no maior movimento populacional da história recente da América Latina.

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    Maduro acusa os Estados Unidos, que também adotaram sanções contra autoridades venezuelanas, de orquestrar uma conspiração internacional contra seu governo.

    (Com AFP e Reuters)

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