Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

União Europeia anuncia pacote de sanções contra a Rússia

Medidas afetaram os 351 membros do Parlamento russo e outras 27 entidades e indivíduos ligados às ameaças contra a Ucrânia

Por Da Redação 23 fev 2022, 15h09
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A União Europeia anunciou nesta quarta-feira, 23, um pacote inicial de sanções contra a Rússia, em resposta ao reconhecimento da independência de regiões separatistas pró-Moscou no leste da Ucrânia por parte do presidente Vladimir Putin, e o subsequente anúncio de envio de tropas.

    As sanções afetam todos os 351 membros da Duma, câmara baixa do Parlamento russo, que terão seus bens congelados e estarão proibidos de viajar aos países do bloco. Em primeiro momento, Putin não será afetado.

    Apesar de o pacote ter sido chancelado por unanimidade pelos ministros das Relações Exteriores de todos os 27 Estados-membros do bloco na terça-feira, ainda era preciso confirmação por parte de embaixadores.

    Além dos parlamentares russos, outras 27 entidades e indivíduos diretamente envolvidos na ameaça à integridade territorial da Ucrânia também foram afetados pelo pacote apresentado nesta quarta-feira. Entre eles estão bancos, membros do governo, autoridades militares envolvidas nas operações em Donbas, onde ficam as regiões pró-Moscou de Donetsk e Luhansk, e pessoas “responsáveis por liderar a guerra de desinformação na Ucrânia”.

    O pacote de medidas visa ainda restringir a capacidade do governo russo de levantar capital nos mercados financeiros da União Europeia de maneira a “limitar o financiamento de políticas agressivas”. O bloco decidiu também pela proibição da importação de mercadorias das regiões separatistas, restrições ao comércio e investimento, proibição de fornecimento de serviços turísticos e de exportação de alguns bens e tecnologias.

    Continua após a publicidade

    Apesar de ter sido aprovado de maneira unânime, houve discordância entre os membros sobre como o pacote seria aplicado. De um lado, países mais próximos economicamente ao Kremlin defendiam um tom mais brando e limitado. Do outro, nações mais próximas territorialmente, como a Lituânia, exigiam uma resposta mais dura.

    Mais sanções, no entanto, devem ser aplicadas. O chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, enviou uma carta convidando os líderes do bloco à Bruxelas para uma nova reunião marcada já na próxima quinta-feira. Segundo ele, o encontro irá incluir maneiras de “apoiar ainda mais a Ucrânia e seu povo, além de responsabilizar a Rússia por suas ações”.

    A decisão da União Europeia segue o anúncio do presidente americano, Joe Biden, na terça-feira, de sanções similares. Para o democrata, Putin está preparando uma tomada de território ucraniano que vai além das regiões separatistas de Luhansk e Donetsk. Ele condenou o que considera ser “uma flagrante violação da lei internacional”.

    Continua após a publicidade

    Entre as sanções impostas, Biden disse que bancos russos e outras instituições sofrerão cortes de financiamentos ocidentais, fazendo com que o Exército russo perca parte do seu financiamento. Além disso, o mandatário americano aplicou sanções a oligarcas, o que já havia sido levantado como possibilidade em dezembro do ano passado.

    A decisão anunciada por Putin na segunda-feira de reconhecer e enviar tropas sepulta os Acordos de Minsk, negociados em 2015, sob mediação da Alemanha e França, para um cessar-fogo nas duas regiões, que teriam em troca autonomia administrativa. As autoproclamadas República Popular de Donetsk e República Popular de Luhansk são em boa parte controladas por separatistas pró-Moscou desde 2014 e palco de uma guerra que já deixou cerca de 15.000 mortos.

    Enquanto o governo ucraniano afirma que forças separatistas são “invasoras” e “ocupantes”, a Rússia sustenta que as forças são formas de defesa às agressões do governo ucraniano.

    Continua após a publicidade

    Na semana passada, em meio à tensão política, diplomática e militar, o governo ucraniano e grupos separatistas apoiados por Moscou já haviam se acusado mutualmente de violações ao regime de cessar-fogo em Donbas, onde confrontos desde 2014 já deixaram mais de 14.000 mortos.

    Ao citar a situação em Donbas, para onde disse que tropas seriam enviadas, Putin acusou autoridades ucranianas de tentarem impedir o uso do idioma russo através de leis que privilegiam o uso do ucraniano, além de citar uma repressão à Igreja Ortodoxa russa. Ele também criticou a presença de militares estrangeiro no país vizinho, sobretudo da Otan, principal aliança militar ocidental.

    Sobre a organização ocidental, o presidente russo voltou a citar que uma eventual entrada da Ucrânia no grupo seria uma ameaça direta à segurança russa.

    Continua após a publicidade

    O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma confirmação terá consequências graves. Segundo Putin, uma eventual adesão do país vizinho à Otan é uma ameaça não apenas à Rússia, “mas também a todos os países do mundo”. De acordo com ele, uma Ucrânia próxima ao Ocidente pode ocasionar uma guerra para recuperar a Crimeia – território anexado pelo governo russo em 2014 –, levando a um conflito armado. 

    A aliança, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos trinta aliados e pela própria Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira para preparar um ataque.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.