Unicef confirma mortes de 45 crianças em atentados no Sri Lanka
Ao menos cinco crianças estrangeiras morreram nos ataques de domingo 21
Os atentados ocorridos no domingo no Sri Lanka provocaram a morte de ao menos 45 crianças, que estão entre as 321 vítimas que assistiam a missas em diferentes igrejas ou estavam nos hotéis que foram atacados, confirmou nesta terça-feira, 23, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Um número similar de crianças sofreu ferimentos graves, informou em Genebra o porta-voz da organização, Christophe Boulierac.
Das crianças que morreram, 27 estavam na igreja Katuwapitya em Negombo, a poucos quilômetros ao norte da capital Colombo, onde outras dez crianças ficaram feridas.
Em outra igreja na cidade de Batticaloa, morreram treze crianças – a menor delas tinha pouco mais de 1 ano, explicou Boulierac ao revelar a dimensão da barbárie nesses atentados.
Quinze crianças que estavam no templo religioso de Batticaloa recebem tratamento em diversos hospitais, enquanto outras vinte foram admitidas no hospital central de Colombo. Quatro delas foram internadas na unidade de terapia intensiva.
O Unicef foi informado também que cinco crianças estrangeiras morreram. O fundo da ONU afirmou ainda que ainda é preciso determinar a quantidade de crianças que perderam um ou os dois pais.
O Unicef está apoiando e financiando as instituições responsáveis pela busca de parentes próximos ou, caso estes não apareçam, de estruturas de acolhimento que possam recebê-los.
“Condenamos a violência nos termos mais duros possíveis. Nenhuma criança deve experimentar uma situação tão dolorosa, nem deve haver pais que perdem seus filhos em circunstâncias tão horríveis”, declarou Boulierac.
O ataque
Os primeiros resultados da investigação sobre os atentados mostram que os ataques foram uma represália ao recente massacre em duas mesquitas da Nova Zelândia, afirmou o ministro cingalês da Defesa.
Ao mesmo tempo, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria da série de atentados suicidas cometidos contra igrejas e hotéis de luxo. Os jihadistas não deram evidências de sua reivindicação.
Em discurso no Parlamento do Sri Lanka, contudo, o ministro Ruwan Wijewardene voltou a afirmar que as investigações do governo revelam que o grupo National Thowheeth Jama’ath (NTJ) está por trás dos ataques.
(Com EFE)