Vaticano investiga desvio de dinheiro no Coral da Capela Sistina
Diretores são acusados de usar fundos obtidos com as apresentações para despesas pessoais, segundo o jornal ‘La Stampa’
O papa Francisco determinou a abertura de uma apuração sobre possíveis irregularidades financeiras no Coral da Capela Sistina. Em um breve comunicado, o Vaticano informou que o pontífice há alguns meses “autorizou uma investigação sobre aspectos econômico-administrativos no referido coral, uma investigação que está em andamento”.
Embora a nota, divulgada na noite de quarta-feira, 12, não forneça mais detalhes, vários veículos da imprensa italiana têm publicado uma série de rumores sobre supostas irregularidades financeiras. De acordo com o jornal La Stampa, o diretor do coral, Massimo Palombella, e seu diretor administrativo, Michelangelo Nardella, seriam as pessoas investigadas por desvio, fraude e lavagem de dinheiro.
Os dois teriam criado uma conta bancária para onde desviavam os fundos obtidos com os concertos do coral. O dinheiro era usado para despesas pessoais, segundo o La Stampa. Ainda de acordo com o jornal italiano, Nardella já havia sido suspenso de seu cargo em julho do ano passado, por um processo administrativo de má conduta.
O Coral da Capela Sistina é considerado um dos mais antigos do mundo e foi criado em 1471. É composto por crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, embora também tenha alguns cantores adultos. O coral possui um contrato de gravação com um grande selo e se apresentou em maio na estreia de gala de uma exibição no Metropolitan Museum of Art, em Nova York, chamada “Heavenly Bodies: Fashion and the Catholic Imagination”.
A turnê de verão do coral pelos Estados Unidos foi cancelada em julho sem explicações oficiais.
(Com Reuters e EFE)