Um avião que combatia um incêndio florestal caiu nesta terça-feira, 25, explodindo logo em seguida, na ilha grega de Eubeia. A Força Aérea da Grécia comunicou a morte dos dois tripulantes, um capitão de 34 anos e um copiloto de 27 anos, que estavam na aeronave Canadair CL-215 nas proximidades da cidade de Karystos.
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A plane dropping water over a wildfire in Greece crashed into a hillside and burst into flames pic.twitter.com/QkWjUh9mrK
— Reuters (@Reuters) July 25, 2023
As altas temperaturas no país, que devem superar a marca de 44°C nesta semana, provocaram queimadas não só em Eubeia, como também nas ilhas de Rodes e Corfu, iniciadas na última quarta-feira. Com o apoio da Turquia e da Eslováquia, centenas de bombeiros atuam diretamente no controle do fogo, também atribuído à morte de um criador de gado, de 41 anos, que estava desaparecido desde domingo.
“Todos nós estamos de guarda”, disse o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, ao alertar para o perigo causado pelas condições extremas enfrentadas nos próximos dias. “Diante do que todo o planeta está enfrentando, especialmente o Mediterrâneo, que é um ponto crítico da mudança climática, não há mecanismo de defesa mágico.”
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Considerada um dos principais destinos de verão do país, Rodes está entre as maiores ilhas gregas e atrai mais de 1,5 milhão de visitantes estrangeiros nos meses quentes. O intenso incêndio provocou, então, a fuga de cerca de 20 mil pessoas que se hospedavam em casas e hotéis da região, que é próxima do litoral turco, no final de semana. Ao sudeste da ilha, resorts costeiros foram atingidos pelas chamas, assim como outros edifícios, terras e animais.
Em meio à “guerra contra os incêndios florestais”, como definiu o premiê grego, 2.500 pessoas também foram retiradas de Corfu nesta segunda-feira. Além dos prejuízos ambientais, as queimadas também pesam no bolso dos gregos, já que 18% da produção econômica do país depende do turismo, sendo responsável por um em cada cinco empregos.
Não é a primeira vez, no entanto, que a Grécia lida com sérios incêndios. Em 2018, as queimadas na cidade de Maiti provocaram a morte de 104 pessoas, levando o governo a buscar abordagens mais eficazes. Críticos ressaltam, no entanto, que a capacidade de combate ao fogo não foi aprimorada, mesmo com o risco agravado no verão. As ondas de calor deste ano, que atingiram fortemente Europa, Estados Unidos e Canadá, engrossam o coro das preocupações.