Já são ao menos 211 mortes registradas na Espanha, a maioria na região de Valência, nos últimos cinco dias, em razão das chuvas que atingem o país. Neste sábado, 2, o primeiro ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou o reforço das forças de segurança que atuam nos locais afetados, com o envio de mais 10 mil agentes, entre policiais e soldados. Diante de uma catástrofe há muito não vista em território europeu, os esforços têm sido voltados para a limpeza das ruas, na buscas nos territórios mais afetados e no socorro da população.
Segundo a declaração feita por Sanchez, em um anúncio televisionado, a operação é “a maior das Forças Armadas na Espanha em tempos de paz”. “O governo vai mobilizar todos os recursos necessários enquanto forem necessários”, completou o primeiro-ministro.
O país foi atingido especialmente entre terça e quarta-feira por chuvas torrenciais, que desencadearam o evento mais mortal da história moderna no país, de acordo com a agência de notícias DW. Dezenas de pessoas seguem desaparecidas, em meio a um esforço de milhares de cidadãos, juntos às forças de segurança, para as buscas em meio a escombros, carros encalhados e prédios alagados.
Voluntários têm se organizado em um centro cultural de Valência, a Cidade das Artes e Ciências, para a limpeza dos locais afetados. Com a tragédia, o prédio foi transformado em um ponto central para a operação, de acordo com a agência de notícias Reuters.
Neste momento, há pouco mais de 6 mil agentes atuando na região, grupo que será reforçado com as novas forças anunciadas por Pedro Sanchez. A expectativa, contudo, é que o número de mortes — que já supera o das recentes enchentes no Rio Grande do Sul — siga aumentando nos próximos dias, conforme as buscas continuam.
Neste fim de semana, alertam as autoridades, as chuvas devem continuar não só em Valência, mas nas Ilhas Baleares e na Catalunha. Segundo cientistas, os eventos climáticos extremos estão se tornando mais frequentes na Europa e em outros lugares, devido às mudanças climáticas.