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Vitória de Abe fortalece governo para mudar Constituição japonesa

Coalizão do primeiro-ministro conquista dois terços do Parlamento e governo buscará rever a Constituição pacifista imposta após o fim da II Guerra Mundial

Por Da redação
23 out 2017, 16h24
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  • Primeiro Ministro japonês, Shinzo Abe, durante coletiva de imprensa na sede do Partido Liberal Democrático, em Tóquio
    Primeiro Ministro japonês, Shinzo Abe, durante coletiva de imprensa na sede do Partido Liberal Democrático, em Tóquio - 23/10/2017 (Behrouz Mehri/AFP)

    O primeiro-ministro Shinzo Abe saiu como o grande vitorioso das eleições legislativas que aconteceram no Japão neste domingo. A atual coalização governista conquistou dois terços das vagas do Parlamento, e promete colocar em movimento uma de suas principais bandeiras eleitorais, a revisão da Constituição pacifista pós-guerra.

    A bancada de Abe, formada por sua sigla, o Partido Liberal Democrata (PLD), e o partido Komeito, conquistou 313 das 465 cadeiras em disputa – uma maioria de dois terços, de acordo com números divulgados pela rede BBC. Os principais grupos de oposição, o novo Partido Constitucional Democrata (CDPJ) e o Partido da Esperança, liderado pela carismática governadora de Tóquio, Yuriko Koike, conseguiram eleger 55 deputados cada, e representarão uma minoria diante das propostas da alteração da Constituição imposta pelos Estados Unidos em 1947 após o fim da II Guerra Mundial. Mudanças na Carta, que estabelece a renuncia japonesa “para sempre” à guerra, têm apoio de quase 80% dos parlamentares.

    O premiê, contudo, foi prudente em lidar com a questão. “Não tenho a previsão de propor a emenda apenas com a coalizão no poder. Tentaremos obter o maior apoio possível”, disse Abe sobre a reforma constitucional, para qual irá buscar o apoio da oposição para implementar as novas medidas até 2020. Embora tenha saído fortalecido no Parlamento, a vitória de Abe não significa exatamente que os eleitores estejam satisfeitos com seu governo. De acordo com uma pesquisa da agência de notícias Kyodo, 51% dos eleitores afirmam desconfiar de Abe, contra 44% que confiam no primeiro-ministro.

    Coreia do Norte

    Nesta segunda-feira, o chefe de Governo japonês indicou à imprensa sua intenção de “confirmar a estreita cooperação” iniciada com o presidente americano Donald Trump, que viajará a Tóquio no início de novembro, a respeito da crise com a Coreia do Norte. O primeiro-ministro é favorável à posição do governo americano, seu aliado, que consiste em manter “todas as opções” sobre a mesa, incluindo a militar, contra as ameaças balísticas e nucleares de Pyongyang. “A partir do apoio popular que recebemos, estamos capacitados para pôr em marcha medidas frente à ameaça norte-coreana”, disse.

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    “O meu objetivo é garantir que o povo japonês terá segurança em qualquer circunstância”, afirmou Abe, que havia justificado a convocação de eleições antecipadas pela necessidade de reforçar seu respaldo popular para continuar com suas reformas econômicas e enfrentar as questões decorrentes do regime liderado por Kim Jong-un. O premiê japonês acrescentou que discutirá com “outros líderes do leste asiático para encontrar uma solução ao problema”e para “incrementar a pressão sobre a Coreia do Norte”, se referindo em particular aos presidentes da Rússia e da China, Vladimir Putin e Xi Jinping.

    Tufão Lan

    As eleições japonesas aconteceram sob os efeitos destrutivos do tufão Lan, o 21º da temporada no Pacífico. As chuvas torrenciais e os fortes ventos causaram inundações e deslizamentos de terra que forçaram a retirada de cerca de 44.000 pessoas. Além de cinco mortos, o fenômeno natural deixou 132 feridos em todo o país, segundo a NHK.

    (Com agências internacionais) 

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