Votação é encerrada e eleição no Equador segue indefinida
Pesquisas de boca de urna divergem sobre o vencedor e tudo indica que o pleito será acirrado. País vive clima de apreensão pelo resultado
Uma pesquisa realizada pelo instituto Cedatos aponta o opositor Guillermo Lasso como vencedor das eleições presidenciais realizadas neste domingo no Equador, enquanto o levantamento da empresa Perfiles de Opinión coloca em primeiro lugar o governista Lenín Moreno.
Lasso, do movimento Criando Oportunidades (CREO), conseguiu 53,02% dos votos nas eleições presidenciais, à frente dos 46,98% de Moreno, segundo a pesquisa de boca de urna realizada por Cedatos e transmitida pela emissora “Teleamazonas”.
A Perfiles de Opinión indicou através da emissora “TC Televisión” que o vencedor é Moreno, do movimento governista Aliança País (AP), com 52,2%, acima dos 47,8% de Lasso.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) prevê divulgar os primeiros resultados oficiais da apuração por volta das 20h (hora local; 22h em Brasília).
Reunido com partidários em um hotel na cidade de Guayaquil, Lasso disse que a democracia e os cidadãos equatorianos venceram. “Ganharam vocês, ganhou o Equador. Hoje (domingo) nasceu o novo Equador, o Equador da democracia, o Equador da liberdade”, comentou Lasso.
De acordo com o candidato opositor, ficam “para trás aquelas páginas negras de ódio entre equatorianos, da divisão entre equatorianos”, e os cidadãos viverão agora em um “Equador de união”.
Já Moreno disse aos correligionários, reunidos em um hotel em Quito, que ganhou as eleições com uma vantagem “muito, muito considerável”.
“Os dados são claros, são os dados que nós temos, completamente confiáveis. Temos uma vantagem muito, muito considerável. De todas as formas, sempre manifestamos ser extremamente respeitosos com as instituições. Assim fizemos depois do dia 19 de fevereiro”, disse, em referência ao primeiro turno.
Moreno ressaltou que ele e o partido governista são “respeitosos com as instituições” e que aguardarão “até que o Conselho Nacional Eleitoral dê o relatório definitivo”.
(Com EFE)