O vulcão islandês Sundhnúksgígar entrou em erupção nesta quinta-feira, 8, jorrando lava a 80 metros de altura, na península de Reykjanes. A atividade sísmica foi identificada por volta das 5h30, no horário local, com as labaredas começando a serem despejadas das rochas cerca de 30 minutos depois. A fissura teria 3 quilômetros de comprimento, de acordo com o serviço meteorológico do Reino Unido, Met Office, que também acompanha o fenômeno. A instituição acredita que se trata do exato ponto de outra erupção anterior, de 18 de dezembro.
“Os dados geodésicos sugerem que a deformação diminuiu significativamente na área do dique. Portanto, a probabilidade de novas aberturas de fissuras eruptivas diminuiu”, informou o site do Escritório Meteorológico da Islândia (IMO) na mais recente atualização.
“O IMO recebeu notificações de queda de tephra em Grindavík [cidade na península]. Tephra é um material fortáceo e vesicular que se forma quando respingos de lava esfriam rapidamente no ar durante a atividade de fonte de lava”, explicou. “A tephra é afiada como vidro e por isso deve ser manuseada com cuidado. Os limpadores de parabrisabrisa não devem ser usados para remover a tephra dos veículos, pois podem riscar o vidro. A tephra deve ser soprada ou lavada com água nas janelas e superfícies semelhantes.”
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Sem alto risco para cidades
Em entrevista à agência de notícias Reuters, o geofísico islandês Ari Trausti Gudmundsson afirmou que, embora tenha sido próxima à cidade de Grindavik, a erupção não representa um grave risco, sendo apenas capaz de provocar problemas pontuais. O incidente anterior, em 14 de janeiro, durou dois dias, com a lava atingindo a cidade e expulsando 4 mil moradores de suas casas. Parte dos imóveis foi devastada.
Os surtos de Reykjanes são causados por erupções de fissuras, que não provocam grandes explosões. Em novembro, autoridades islandesas começaram a construir diques para desviar a lava de edifícios e de infraestruturas críticas. A Islândia tem mais de 30 vulcões ativos, lucrando com a visita de milhares de turistas curiosos.
O aeroporto internacional de Keflavik, em Reykjavik, não fechou as portas e opera de “da maneira usual”. Por sua vez, o spa geotérmico vizinho, Blue Lagoon, optou pelo fechamento nesta quinta-feira.